Segundo os dados apresentados sobre a Confiança na Construção do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), o Índice de Confiança da Construção (ICST) manteve-se estável em 96,4 pontos no mês de junho de 2024. De acordo com a publicação, a média móvel trimestral também registrou estabilidade, com uma variação de apenas -0,1 ponto.
Conforme informado no estudo, a estabilidade do ICST foi resultado das variações opostas de seus subíndices. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) apresentou uma leve alta de 0,2 ponto, alcançando 95,5 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-CST) teve uma queda de 0,3 ponto, fechando o mês em 97,5 pontos. A análise detalhada revelou que a percepção das empresas sobre a situação atual dos negócios recuou 0,7 ponto, para 94,2 pontos, enquanto o volume de carteira de contratos avançou 1,2 ponto, chegando a 96,8 pontos.
O relatório aponta dados indicando que, pela ótica das expectativas, a retração do IE-CST foi influenciada principalmente pela queda no indicador de tendência dos negócios para os próximos seis meses, que caiu 2,1 pontos, situando-se em 94,7 pontos. Em contrapartida, o indicador de demanda prevista para os próximos três meses subiu 1,6 ponto, atingindo 100,3 pontos. Esses movimentos refletem a incerteza quanto ao futuro próximo, mesmo em um cenário de relativa estabilidade atual.
O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção variou 0,2 ponto percentual, fixando-se em 80,1%. O NUCI de Mão de Obra manteve-se relativamente estável, com uma variação de 0,3 ponto percentual, alcançando 81,5%, enquanto o NUCI de Máquinas e Equipamentos retraiu 0,9 ponto percentual, registrando 74,4%. Esses indicadores destacam a capacidade ociosa ainda presente no setor, especialmente no que tange ao uso de máquinas e equipamentos.
José Antônio Valente, diretor da empresa de aluguel de ferramentas Trans Obra, afirmou que olhando para o futuro, é essencial que as empresas de locação de equipamentos se mantenham ágeis e informadas sobre as tendências do mercado. A estabilidade observada no ICST oferece uma base sólida para planejar investimentos em novos equipamentos, mas a incerteza nas expectativas sugere que esses investimentos devem ser feitos com cautela e adaptabilidade. “A capacidade de responder rapidamente às mudanças de demanda e manter uma operação eficiente será crucial para navegar com sucesso no ambiente de construção civil nos próximos meses”.
O relatório também destaca que a falta de mão de obra qualificada permanece como a principal limitação para os negócios das empresas da construção, com 28,8% das empresas assinalando este fator. A demanda insuficiente, que outrora liderava o ranking de limitações, agora representa uma preocupação para 22,7% das empresas. Este dado é reflexo do aumento do ritmo da atividade no setor, que também pressiona os custos de obras.
Perguntado sobre o assunto, José Antônio afirmou que em um cenário de falta de mão de obra qualificada, que lidera o ranking das limitações desde dezembro do ano passado, a automação e a modernização dos equipamentos de construção tornam-se cada vez mais relevantes. Isso sempre é tratado como prioridade na unidade da empresa locadora de equipamentos em São Paulo. “Investir em máquinas e tecnologias avançadas pode não apenas mitigar a escassez de trabalhadores qualificados, mas também aumentar a produtividade e a qualidade dos projetos”.
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