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Ação Social Social

Campanha da Fraternidade 2024 prega amizade social contra a polarização política

Participantes de sessão solene da Câmara Legislativa em homenagem à campanha da fraternidade, realizada anualmente pela igreja católica, discutiram...

13/03/2024 14h04
Por: Redação Fonte: Agência CLDF
Foto: Joás Maués (estagiário)/Agência CLDF
Foto: Joás Maués (estagiário)/Agência CLDF

Participantes de sessão solene da Câmara Legislativa em homenagem à campanha da fraternidade, realizada anualmente pela igreja católica, discutiram o tema deste ano, “Fraternidade e Amizade Social”. O evento, realizado no plenário, na manhã desta quarta-feira (13), foi transmitido ao vivo pela TV Distrital (canal 9.3) e YouTube , com tradução simultânea em Libras.

O proponente da sessão, deputado João Cardoso (Avante), considerou “oportuno” o tema da campanha deste ano, pois suscita reflexão no atual contexto de desagregação social. “O objetivo da campanha é despertar a consciência social dos fiéis e promover a transformação da sociedade a partir da vivência dos valores cristãos”, afirmou, ao enfatizar a relevância da amizade social. O parlamentar defendeu a busca incessante do bem comum e a promoção humana em uma sociedade justa e solidária. 

O lema da campanha de 2024 exorta uma sociedade de irmãos e irmãs, esclareceu o arcebispo da arquidiocese de Brasília, cardeal dom Paulo Cezar Costa. “O outro tem que ser visto como possibilidade”, assinalou o arcebispo, que discorreu sobre a “cultura do encontro”, a qual se constrói a partir do diálogo e do bem comum.

Ao relembrar que as edições nacionais das campanhas completam, em 2024, sessenta anos, o assessor executivo para a campanha da fraternidade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Jean Paul, narrou que “quando escolheram o tema deste ano, nossos bispos estavam tocados pela realidade de divisão e polarização da nossa sociedade, onde crescem os ódios e as violências dessa distorcida visão de mundo”.

Em contrapartida, ele argumentou que o “remédio” para esse contexto adoecido é a amizade social, que significa “nossa capacidade de ampliar nossas relações para além dos nossos gostos, afetos, preferências e posições políticas, e olhar o outro como irmão e irmã”.

Em uníssono, o coordenador arquidiocesano para a campanha da fraternidade, Hélio José, reforçou que as interações sociais diárias clamam por amizade social. Ele chamou a atenção para a “capacidade de estarmos abertos ao contraditório” nas interações cotidianas, ao lamentar que, atualmente, as relações estão impregnadas de confrontos e violências. Em contraponto, ele sugeriu o diálogo e o acolhimento, ao pontuar que “somos todos iguais”. 

A fraternidade e a amizade social derivam da caridade cristã, salientou o vice coordenador de pastoral da arquidiocese de Brasília, padre Thaisson Santarém, para quem essas virtudes devem se estender aos ambientes e às políticas públicas do País.  

Cooperação

A relação entre o Estado e a Igreja deve ser de cooperação, ponderou o subsecretário de Assuntos Constitucionais da Casa Civil do DF, Kildare Meira. Ao lembrar temas anteriores de campanhas da fraternidade, ele entende que a reflexão deste ano busca “sair da amizade virtual para a amizade social, que é a amizade real”. Por sua vez, a secretária de Atendimento à Comunidade do DF, Clara Roriz, defendeu a causa da solidariedade e da amizade social nos diversos ambientes e comunidades. 

No término da solenidade, houve apresentação de vídeos promocionais da campanha da fraternidade deste ano.

Franci Moraes - Agência CLDF

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