As restrições adotadas para conter a pandemia de covid-19 no mundo dificultou que brasileiros façam viagens ao exterior. Contudo, quem vive em países onde a vida está retomando a normalidade aos poucos, já consegue cruzar algumas fronteiras.
Fillipi Albuquerque se mudou para a Espanha em janeiro deste ano para estudar administração na Universidade Carlos III de Madrid. Após meses sem muitas opções de lazer por conta da pandemia, o estudante conseguiu fazer um pouco de turismo pela Europa aproveitando a diminuição de casos e o avanço da campanha de vacinação.
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Junto com uma amiga analisou qual seria um destino interessante para um passeio durante a pandemia e escolheram a Itália por não ter mais tantos espaços fechados.
"Nós demos uma olhada em alguns sites para ver quais atrações estavam abertas e também verificamos se tinha toque de recolher em Roma. Nossa intenção era fazer o máximo de coisas possível em 4 dias, e conseguimos aproveitar bastante a viagem”, diz Fillipi.
As pesquisas para encontrar passagens por um bom preço não exigiram muito da dupla. Segundo o estudante, foi possível encontrar tickets por 5 euros, cerca de 30 reais, para ir de Madri para Roma.
O brasileiro conta que precisou realizar alguns procedimentos relacionados à prevenção de contágios da covid-19 antes de iniciar o tour.
O primeiro passo foi responder a um formulário online informando o endereço de hospedagem e quais locais esteve nos últimos dias antes da viagem. Além disso, foi preciso realizar um exame PCR 48 horas antes do embarque, o resultado gera um QR Code que precisa ser apresentado no momento do embarque comprovando a ausência do vírus.
Para voltar à Espanha, além do QR Code, Fillipi precisou apresentar também um exame PCR negativo feito em território italiano. Entretanto, ele conta que a averiguação das informações estava mais rígida do que no início da viagem.
“Os profissionais do aeroporto estavam verificando todas as informações do passaporte e do teste com muito cuidado. Tiveram, inclusive, algumas pessoas que foram barradas no embarque por não apresentarem algum dos documentos ou testes solicitados”, afirma.
O estudante passou um certo perrengue na procura por locais para fazer o PCR na Itália, isso porque esqueceu sobre a necessidade do exame para voltar para casa e não sabia onde realizar o teste.
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“Dois dias antes de voltar, nós decidimos procurar clínicas em Roma que fazem o teste. Nós achamos que seria fácil, mas quando começamos a procurar simplesmente não encontramos locais disponíveis em uma lista de laboratórios que pode ser acessada no site do governo. Nós fomos até alguns deles, mas nenhum tinha horário vago.”
Voltando para o hostel, um rapaz que estava hospedado no mesmo local que eles indicou um laboratório onde havia feito o exame. No mesmo dia, o estudante e a colega foram até o local e conseguiram fazer o teste. O resultado saiu à noite e eles conseguiram ter todos os documentos em mãos para voltar a Madri.
Tanto na ida, o uso de máscaras dentro do avião era obrigatório e os comissários de bordo passavam com frequência para verificar se todos estavam usando o equipamento de proteção, mas o brasileiro notou que não houve uma medida rígida sobre o distanciamento entre os passageiros.
O estudante de administração revela que não percebeu muita distinção entre as restrições da Espanha e as que foram encontradas na Itália. “A maior diferença é em relação ao toque de recolher, uma vez que aqui em Madri já eliminaram essa medida. Na Itália, a restrição começa às 23h e meia hora antes as pessoas já estão voltando para casa."
Ele afirma que não teve nenhuma experiência negativa relacionada à recepção dos italianos pelo fato de ser estrangeiro e acrescenta que teve uma estadia tranquila em um hostel. Apesar do local estar funcionando com um número reduzido de hóspedes, o quarto em que a dupla ficou foi compartilhado com mais duas pessoas, um italiano e um iraquiano.
Fillipi conta que conseguiu visitar a maioria dos pontos turísticos de Roma, como o Coliseu, a Fontana Di Trevi, as piazzas Di Spagna e Navona e também o Vaticano e as basílicas localizadas na região.
Ele explica que, como a cidade não estava cheia como o habitual, não precisou enfrentar grandes filas e nem comprar ingressos com muita antecedência. No que diz respeito a como os pontos turísticos estão lidando com o período pandêmico, o brasileiro precisou apenas ter a sua temperatura medida e passar álcool em gel para entrar nos espaços.
Após essa primeira experiência de turismo dentro do continente europeu, Fillipi já planeja outras viagens internacionais para serem feitas em breve.
“Dá para viajar tranquilamente para os países que estão com o turismo aberto. Na próxima semana já tenho outra viagem programada, agora para Portugal, mas eu vou de carro, então será um pouco mais tranquilo na questão do transporte.”
*Estagiário do R7 sob supervisão de Pablo Marques
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