O governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento , premiou no último dia 22 os melhores cafés paulistas no 22º Concurso Estadual Qualidade do Café de São Paulo, ocorrido no Instituto Agronômico de Campinas (IAC), órgão de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta).
A premiação teve a participação do governador Tarcísio de Freitas , do secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai , de gestores, parlamentares estaduais e municipais, profissionais do IAC e agroempreendedores.
“O setor da cafeicultura paulista tem todo o apoio da secretaria, estamos aqui para servir vocês. Um concurso como esse gera credibilidade, agrega valor e melhora a exportação dos nossos cafés”, afirmou Guilherme Piai.
Neste ano, o concurso, que tem o objetivo de promover e divulgar os cafés do Estado para os mercados interno e externo, teve participação recorde, com mais de 320 amostras analisadas, quase o dobro do número registrado na edição anterior.
“Parabenizo todos os cafeicultores do estado. Nós temos muito orgulho do trabalho da Secretaria de Agricultura, do IAC e do trabalhador do campo por fomentar pesquisa e inovação”, afirmou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Cafés premiados
A disputa ocorreu em quatro categorias:
Etapas metodológicas foram estabelecidas para selecionar os 40 cafés selecionados (10 concorrentes por categoria). E os três premiados de cada categoria receberam certificados e troféus da SAA, e os primeiros colocados também foram homenageados com a medalha Dr. Alcides Carvalho, que foi agrônomo e geneticista do IAC, considerado o pai da cafeicultura brasileira moderna.
Café convencional por via seca
1º colocado: José Adil Braggion – Bragança Paulista
2º colocado: João Luis Cobra Monteiro – São José do Rio Pardo
3º colocado: Flávia Olivito Lancha Alves de Oliveira – Cristais Paulistas
Café convencional por via úmida
1º colocado: Luiz Eduardo Moreira Junqueira – São José do Rio Pardo
2º colocado: João Luis Cobra Monteiro – São José do Rio Pardo
3º colocado: Jo Ferreira da Silva
Café Convencional via fermentação
1º colocado: Tiago Donizetti Rodrigues – Santo Antônio da Alegria
2º colocado: Paulo Izidoro Archanjo – Divinolândia
3º colocado: Francisco Antônio Costa
Café orgânico
1º colocado: João Paulo Ribeiro Capobianco – Socorro
2º colocado: Alexandre Henrique Leonel – Franca
3º colocado: Gustavo Leonel – Franca
O evento é organizado pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), juntamente com Apta Regional, Instituto Agronômico (IAC), Instituto de Economia Agrícola (IEA), Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) e institutos de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), vinculadas à Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
Após a premiação, o secretário de Agricultura, Guilherme Piai, presenteou o governador de São Paulo com um kit dos cafés especiais.
IAC destaca história de aprimoramento científico
Durante o evento, o Instituto Agrônomo de Campinas destacou sua história de pioneirismo na pesquisa agrícola paulista e brasileira. Fundado em 1887 pelo imperador D. Pedro II, contribuiu muito para o avanço da cafeicultura desde então.
A primeira recomendação de adubo da instituição, por exemplo, é datada em 1890, e os estudos de melhoramento genético já são praticados há 90 anos. Iniciativas atuais também foram destacadas, como o porta-enxerto IAC Herculândia e o uso de enxertia de arábica pela Apta Regional, que buscam desenvolver clones e sementes resistentes, protegendo as plantas de café das pragas.
Cafeicultura Paulista deve crescer
Com condições climáticas e geográficas ideais para o cultivo em larga escala, o Brasil é o principal produtor e segundo maior consumidor de café do mundo, com cerca de três milhões de toneladas produzidas anualmente, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O Estado de São Paulo é o 3º maior produtor de café do país e está em expansão. De acordo com previsão do Instituto de Economia Agrícola, é prevista uma colheita de 4,8 milhões de sacas na safra 2022/2023, alta de 9,2% em relação à safra de 2021/2022. Também foi observada uma expansão de quase 10% na estimativa da produtividade média do estado.
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