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Saúde Bahia

No Dia Nacional da Doação de Órgãos, Bahia celebra a retomada de transplantes cardíacos

A partir de agora, o procedimento será realizado no Hospital Ana Nery (HAN), trazendo alívio para pacientes que aguardavam por essa oportunidade.

27/09/2023 16h25
Por: Redação Fonte: Secom Bahia
Foto: Rafael Martins/GOVBA
Foto: Rafael Martins/GOVBA

Nesta quarta-feira (27), o Brasil celebra o Dia Nacional da Doação de Órgãos e, na Bahia, a data traz uma notícia especial: a retomada das cirurgias de transplante cardíaco no estado, após quase dois anos de suspensão. A interrupção foi necessária para a reestruturação do sistema, que foi impactado pela pandemia de Covid-19. A partir de agora, o procedimento será realizado no Hospital Ana Nery (HAN), trazendo alívio para pacientes que aguardavam por essa oportunidade. Atualmente, a Bahia já realiza, com sucesso, transplantes de córnea, rim, fígado e medula.

Dados do Sistema Estadual de Transplantes, da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), mostram que o número de doadores de múltiplos órgãos aumentou mais de 58% no período de julho a agosto de 2023, saltando de 12 para 19 doadores. Nos oito primeiros meses do ano, a Bahia totalizou 106 doadores de múltiplos órgãos.

O crescimento é o resultado de uma série de investimentos que o Governo da Bahia tem feito nos últimos anos. Mais de R$ 9,2 milhões foram investidos em campanhas de sensibilização da sociedade, cursos e treinamentos para capacitar profissionais de saúde, além de incentivos financeiros para instituições filantrópicas e privadas que desempenham um papel crucial na realização de transplantes no estado.

Esse aumento no número de transplantes está mudando vidas e trazendo esperança para muitos pacientes, como Aloísio Rocha, que enfrentava uma doença renal crônica. Ele compartilhou sua experiência, descrevendo os desafios que enfrentava antes da cirurgia e a transformação que a doação de órgãos trouxe para sua vida.

Aloísio Rocha – Foto: Rafael Martins/GOVBA
Aloísio Rocha – Foto: Rafael Martins/GOVBA

“Antes do transplante de rim, que fiz em março de 2023, minha vida era limitada pela doença. A doação de órgãos não apenas me deu uma segunda chance, mas, também, restaurou minha qualidade de vida. É uma dádiva inestimável”, afirmou Aloísio.

Eraldo Moreira, coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, destacou a retomada dos transplantes cardíacos como um marco importante para o estado e para os pacientes que dependem desse procedimento para sobreviver. “A retomada dos transplantes cardíacos representa uma nova esperança para muitos baianos que aguardam ansiosamente essa oportunidade de salvar suas vidas. Nosso compromisso é garantir que esses procedimentos sejam realizados de forma eficiente e segura, proporcionando uma chance real de recuperação para esses pacientes”, enfatizou.

Eraldo Moura – Foto: Rafael Martins/GOVBA
Eraldo Moura – Foto: Rafael Martins/GOVBA

Atualmente, a Bahia conta com uma rede com 23 centros transplantadores, sendo que sete oferecem atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Desses, três são unidades públicas: o Hospital Geral Roberto Santos, o HAN e o Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes).

Além deles, integram a rede os hospitais filantrópicos Martagão Gesteira, em Salvador, e Dom Pedro de Alcântara, em Feira de Santana, e os privados Instituto Brandão de Reabilitação (IBR), de Vitória da Conquista, e Hospital Português, na capital. Para esclarecer dúvidas sobre como se tornar um doador, o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) estabeleceu um balcão de informações, que estará disponível até a próxima sexta-feira (29).

Joabe Carneiro – Foto: Rafael Martins/GOVBA
Joabe Carneiro – Foto: Rafael Martins/GOVBA

Joabe Carneiro, médico transplantador e coordenador do serviço de urologia do Hospital do Homem, destacou os principais requisitos para ser um doador em vida e como autorizar a doação de órgãos após a morte. “Ser um doador em vida requer compatibilidade e um procedimento cirúrgico específico, que pode salvar vidas. Já a autorização para doação após a morte é um gesto nobre e altruísta, que permite que seus órgãos continuem a oferecer vida mesmo após sua partida”, explicou.

Repórter: Tácio Santos

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