O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi) volta ao interior do Piauí em busca de novos doadores voluntários de medula óssea. Nos dias 14 e 15 de setembro, o Hemopi estará nas cidades de Barras, Esperantina, Cabeceiras e Boa Hora. O terceiro sábado de setembro, que esse ano será no dia 16, é comemorado o Dia Mundial do Doador Voluntário de Medula Óssea.
O transplante é, em algumas situações, a única ou principal chance de cura para pacientes com doenças como a leucemia, por exemplo. No Brasil, estima-se que as chances de compatibilidade sejam de 1 para 100 mil, por isso o cadastro no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea – Redome é tão importante.
“Estamos em busca de novos doadores e com fenótipos que possam aumentar a diversidade dos cadastros no Redome. Quanto mais diverso for o banco de doadores voluntários, mais chances os pacientes que estão na fila de espera por um transplante tem de encontrar um doador compatível”, explica o supervisor do Redome, Vinício Marques.
Atualmente, o Brasil possui 5.656.183 doadores cadastrados e 650 pacientes na fila de espera por um transplante. O Piauí tem 97.104 doadores de medula óssea cadastrados no Redome. O cadastro pode ser feito no Hemocentro mais próximo da sua cidade. “No caso do Piauí, o candidato a doador pode se dirigir a uma das quatro unidades do Hemopi: Teresina, Parnaíba, Floriano e Picos.
O candidato precisa apresentar um documento oficial com foto, preencher uma ficha com dados pessoais e coletar uma amostra de sangue para o exame de tipagem HLA. “É através dessa amostra que as informações genéticas são inseridas no Redome e passam a ser cruzadas com as informações dos pacientes que estão na fila de espera”, reforça Vinício Marques.
Para se tornar um doador voluntário de medula óssea é preciso ter entre 18 e 35 anos de idade, sendo que o doador permanece no cadastro até 60 anos e pode realizar a doação até esta idade.
O doador precisa apresentar documento de identificação oficial com foto; estar em bom estado geral de saúde; não ter nenhuma doença impeditiva para cadastro e doação de medula óssea. A lista das doenças impeditivas pode ser conferida através do endereço eletrônico https://redome.inca.gov.br/doencas-impeditivas-do-cadastro-e-da-doacao/
O supervisor reforça que o cadastro é apenas o primeiro passo e que a doação efetiva só acontece quando há compatibilidade. “Por isso, reforçamos a importância de se cadastrar como doador. Para os que já são cadastrados, é necessário manter os dados sempre atualizados para que, caso haja compatibilidade, o doador possa ser encontrado de forma rápida e eficaz para dar prosseguimento às outras etapas que podem anteceder o transplante efetivo. O cadastro é uma responsabilidade dos hemocentros de todo o Brasil e o Hemopi pretende com essas campanhas nos municípios cumprir a sua meta anual estabelecida pelo Ministério da Saúde que é de 2.363 novos cadastros”, explica o supervisor.
Entre 01 de janeiro e 10 de setembro, já foram cadastrados 939 novos doadores de medula óssea no estado. Até dezembro o Hemopi deve percorrer mais cidades do interior do Piauí e continuar com as ações na capital.
O Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, que é garantido a toda a população por meio do SUS, responsável pelo financiamento de cerca de 90% dos transplantes no país. Apesar do grande volume de procedimentos de transplantes realizados, a quantidade de pessoas em lista de espera para receber um órgão, seja de doador vivo ou não,aindaégrande.
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