A arte e a cultura estão sempre presentes no currículo escolar, integrando projetos estratégicos da Secretaria da Educação do Estado (SEC) como forma de incentivar os estudantes a se expressarem artisticamente, seja por meio visual, musical e cênico, como também pela dança. Uma amostra do resultado desse trabalho está sendo apresentada na Feira Literária de Mucugê (Fligê), no município de Mucugê e na Vila Igatú, na região da Chapada Diamantina. A sexta edição da feira foi aberta na quinta-feira (17) e contou com a participação da Fanfarra do Colégio Estadual Horácio de Matos, localizado no município, embalando o Desfile Literário, que já se tornou uma tradição do evento.
Em meio as atrações da Fligê, que segue até domingo (20) e tem como tema “Literatura e Música”, há um espaço dedicado ao protagonismo estudantil. Trata-se do Espaço Mercado Solidário, um estande montado pela SEC, onde os estudantes de 13 escolas estaduais dos municípios de Mucugê, Marcionílio Souza, Utinga, Barra da Estiva, Ibicoara, Morro do Chapéu, Lençóis, Iraquara, Bonito, Andaraí e Seabra apresentam uma série de atividades culturais, entre exposições de arte visuais, performances musicais, dança, teatro e saraus.
Está sendo esperada a visita de mais de mil estudantes da rede estadual de ensino, que já estão conferindo a programação organizada pela SEC, a exemplo do Projeto Coletivo – Floriá, das alunas do Colégio Estadual do Campo Filinto Justiniano Bastos, do município de Seabra. Em uma roda de conversa, na tarde desta sexta-feira (18), no Espaço Fligê Cine, elas relataram a experiência da criação de sua própria cartografia, com relatos sobre sua história e de suas ancestrais e mapeamento das comunidades do território da Chapada Diamantina, formado por quilombolas e povos indígenas.
A professora Maria Isabel Gonçalves, idealizadora do Floriá, explica a importância do resgate da tradição das iaiás, as ancestrais das alunas, que são as floriás, responsáveis por escrever a história de suas comunidades. “São mapas escritos do lugar e das histórias das mães, avós, bisavós dessas meninas. Elas montaram cartografias bem artesanais com elementos da natureza”.
Para o estudante e jovem ouvidor adjunto, Johny Cauã de Souza Santos, do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Letice Oliveira Manoel, do município de Seabra, a Fligê é um espaço onde é possível o contato com uma diversidade de cultura e coletar experiências e informações. “Os stands trazem um material muito criativo, feito pelos próprios estudantes. É importante esse suporte para que eles possam mostrar suas habilidades”, avalia.
TV Conexões – O docudrama “Caminhos da liberdade: o Bicentenário da Independência da Bahia – 1823-2023” é outra atração da SEC e será apresentado, neste sábado (19), no espaço FligêCine, montado no centro de Mucugê. Roteirizado e dirigido pelo coordenador de Articulação entre Educação Superior e Educação Básica para os Complexos Integrados de Educação (CIEs), unidades da SEC, Robson Costa, que também atua no filme, a produção traz como protagonistas as heroínas e os heróis, representantes do povo, que marcaram a história ao longo desses 200 anos, como Maria Quitéria, Joana Angélica e Maria Felipa.
São abordados também a atuação dos Caretas do Mingau, grupo de Saubara, no Recôncavo Baiano, e dos Encourados de Pedrão, do Nordeste do Estado, na conquista da independência. “Estamos revisitando a historiografia, recontando a história da luta do nosso povo, que foi invisibilizado na história oficial. Nossa intenção foi reescrever a história da Bahia a partir da luta popular, colocando as mulheres na centralidade dos acontecimentos históricos na Bahia”, explica Robson Costa.
Fonte: Ascom/SEC
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