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Com baixa cotação, comercialização da safra recorde de soja ainda está lenta no Paraná

Na média das últimas safras, neste período tinham sido comercializados 70% da produção; agora está em 43%. Preços baixos seguram os produtos em ar...

15/06/2023 17h05
Por: Redação Fonte: Secom Paraná
Foto: Jonathan Campos/AEN
Foto: Jonathan Campos/AEN

A comercialização da safra de soja 2022/23, estimada em22,34 milhões de toneladas, recorde na história, está lenta no Estado do Paraná, o que se deve principalmente à baixa cotação do produto no mercado. A análise pode ser conferida no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 7 a 16 de junho. O documento é preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

Na média das últimas safras, a comercialização chegava a superar 70% da produção neste período. No entanto, o último relatório, divulgado no final de maio, apresentava 43% de vendas, volume que não deve ter evoluído muito nos últimos 15 dias. A queda nos preços da oleaginosa faz com que o produtor que tem possibilidade de armazenagem acabe segurando mais o produto.

O preço recebido pelo produtor de soja pela saca de 60 kg está em torno de R$ 119,00, redução de aproximadamente 32% comparado a junho de 2022, quando a cotação atingia R$ 176,00. Segundo o documento do Deral, a maior oferta do produto no mercado doméstico, cotações em queda no mercado internacional e valorização do real frente ao dólar são alguns fatores que pressionam o preço da soja atualmente.

MILHO E TRIGO– As chuvas dos últimos dias em todo o Paraná devem auxiliar na recuperação das plantas de milho impactadas pela estiagem que perdurava na maioria do Estado. Nesta semana as condições de lavoura permaneceram estáveis, quando comparadas à semana anterior, com 84% da área apresentando condição boa.

Em relação ao trigo, pesquisa semestral do IBGE revelou um recorde no volume armazenado em 31 de dezembro de 2022 no Brasil, atingindo 7,42 milhões de toneladas. Esse valor representa um aumento de 16% em relação ao mesmo período de 2021 (6,42 milhões de toneladas). Esse volume seria suficiente para atender o consumo dos moinhos brasileiros até meados de agosto deste ano.

FEIJÃO E FRUTAS– Cerca de 69% dos 299 mil hectares da segunda safra de feijão já foi colhido no Paraná. As maiores áreas ainda a serem colhidas concentram-se na região Sudoeste, e espera-se que sejam concluídas nas próximas semanas.

O documento do Deral fala ainda das cinco principais frutas transacionadas na Centrais de Abastecimento do Estado do Paraná (Ceasa) em 2022: maçã, banana, mamão, laranja e manga. Elas foram responsáveis por mais da metade dos negócios do segmento nas unidades atacadistas públicas.

BOVINOS E PERUS– Após um longo período de quedas, a arroba do boi gordo parece estar próxima da estabilidade. Sendo negociada a R$ 234,58 (14/06), a variação em relação à última quarta-feira foi de apenas -0,6%.

O boletim menciona também a retomada da criação e abate de perus pelo Paraná em 2022. Nacionalmente foram exportadas 59.199 toneladas, com ingresso de US$ 189,148 milhões em receita cambial. O Paraná é o terceiro maior exportador com 6.751 toneladas, que renderam US$ 17,936 milhões.

FRANGO E OVOS– As exportações de carne de frango brasileiro alcançaram 2,1 milhões de toneladas entre janeiro e maio de 2023, volume 9,7% superior às 1,9 milhão de toneladas de igual período no ano anterior. O Paraná, principal exportador, contribuiu com 907 mil toneladas.

Em ovos, a exportação brasileira de 2022 foi de 23.610 toneladas, volume 7,6% menor que o verificado em 2021 (25.557 toneladas), mas o faturamento cresceu 24,7%, saindo de US$ 76,045 milhões para US$ 94,859 milhões. O Paraná foi o terceiro maior exportador, com 2.156 toneladas e receita cambial de US$ 10,972 milhões.

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