O ano de 2023 é o quinto ano de comemoração do Dia Mundial da Segurança dos Alimentos (DMSA). A data foi aprovada em 2018 pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) e, nesta quinta edição, traz o tema “Os padrões alimentares salvam vidas”. A proposta é chamar a atenção para o assunto e alertar para a necessidade de debate. A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), reconhece o trabalho dos médicos veterinários, dos engenheiros agrônomos, dos profissionais da classificação vegetal, e de todo o seu corpo funcional, que independente do setor, contribuem para a cadeia produtiva de alimentos saudáveis e seguros para o consumo.
Além disso, a data será sempre uma oportunidade para inspirar ações para ajudar a prevenir, detectar e gerenciar riscos de origem alimentar, contribuindo para a segurança dos alimentos, saúde humana, prosperidade econômica, agricultura, acesso a mercados, turismo e desenvolvimento sustentável. Estima-se que uma em cada dez pessoas adoece no mundo após consumir alimentos contaminados, e que 420 mil pessoas morrem a cada ano, sendo as crianças menores de cinco anos as mais afetadas (125 mil mortes anuais). Por isso, é importante discutir e disseminar informações sobre o assunto como forma de mobilizar a sociedade.
Em Santa Catarina, a execução do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) é de responsabilidade da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). Compete ao Departamento Estadual de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Deinp) da Cidasc coordenar as ações de fiscalização da inspeção, as quais são realizadas atualmente por profissionais graduados em medicina veterinária, vinculados ao SIE, através de convênios entre a companhia e municípios catarinenses ou ainda, através de empresas e cooperativas credenciadas pela Cidasc.
O trabalho da inspeção sanitária, somado aos cuidados com a sanidade animal, garantem a oferta de alimentos de qualidade e seguros ao consumo. “Então, desde o campo até o consumidor final, existe todo um trabalho feito por esse sistema de fiscalização da inspeção, preocupado com a saúde de todos esses entes envolvidos, dos animais no campo ao produto final ofertado à população”, comenta o médico veterinário Jader Nones e gestor do Deinp.
Na área vegetal, compete ao Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal (Dedev), proteger o patrimônio agrícola e a condição sócio-econômica do Estado de Santa Catarina. Através de um trabalho estratégico e sistemático de monitoramento, vigilância, inspeção e fiscalização da produção e do comércio de plantas, partes de vegetais ou produtos de origem vegetal veiculadores de pragas, nossos profissionais garantem a sanidade vegetal dos produtos agrícolas. O Programa Estadual de Monitoramento de Resíduos de Agrotóxicos, desenvolvido desde 2010, é outra ação importante da Cidasc, que testa amostras de produtos de origem vegetal.
“O programa de monitoramento beneficia o consumidor, que encontrará no mercado produtos seguros para o consumo. Uma parte das testagens (cem amostras) é destinada a produtos orgânicos, comprovando que fazem jus a esta classificação. Além dos 850 testes de produtos vegetais para este ano, estão previstos no orçamento análises de 50 amostras de abelhas, para investigar as ocorrências de mortalidade destes polinizadores”, destaca o engenheiro-agrônomo Alexandre Mees, gestor do Dedev.
Os testes são feitos por amostragem e buscam identificar se os resíduos químicos estão dentro dos limites previstos. Com esta metodologia, a Cidasc pode identificar resíduos de insumos agrícolas nos vegetais. Em resumo, a análise traz um indicativo se os agrotóxicos foram utilizados de forma racional, seguindo o receituário agronômico e com produtos indicados para aquela cultura, protegendo a saúde humana e o meio ambiente.
O técnico agrícola da Cidasc e especialista em segurança de alimentos, Wladimir Marcon, destaca a importância do trabalho desenvolvido pela companhia. “Na Cidasc realizamos a certificação sanitária, por meio do Selo de Conformidade Cidasc (SCC). Implantamos a gestão da segurança para as empresas, de modo que no fim do processo todos os alimentos que vão para a mesa do consumidores tenham segurança e isso contribui para a segurança coletiva. As empresas que aderem voluntariamente ao Selo de Conformidade Cidasc (SCC) podem, por tanto, estampar na embalagem dos seus produtos o Selo de Qualidade, que mostra que aquele alimento passou por um processo de produção rigoroso”, destaca Marcon.
A garantia de alimentos seguros e de qualidade passam, diariamente, nas mãos dos profissionais da Cidasc, seja ele na área vegetal, animal e na fiscalização da inspeção de produtos de origem animal.
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