A capacitação Inclusão da Pessoa com Deficiência (PCD) chega ao seu quarto encontro na segunda-feira (8), no Instituto Anísio Teixeira (IAT), na Estrada da Muriçoca, em São Marcos, abordando os temas “O que é capacitismo?” e as terminologias adequadas sobre deficiência na era da inclusão. O evento acontece pela manhã, das 9h às 11h30, e pela tarde, das 14h às 17h, atendendo a turmas diferentes de participantes.
O palestrante será Marcelo Zig, filósofo e ativista dos direitos humanos da pessoa negra e da pessoa com deficiência. Ele acumula diversas atuações no meio, como, dentre outras: idealizador do Projeto Mergulho Cidadão, campanha preventiva aos riscos da terceira causa de lesão medular por acidente no Brasil; e porta-voz da Inklua, empresa de recrutamento e seleção de pessoas com deficiência para o trabalho formal.
A programação completa do projeto prevê dez encontros que se estendem até o final de julho – o primeiro foi realizado no dia 10 de março último. Neste primeiro ciclo, estão sendo capacitados profissionais de educação física que trabalham no projeto social Natação em Rede, que a Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), autarquia do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), executa em parceria com a federação Baiana dos Desportos Aquáticos (FBDA).
Organizado por Nayara Falcão, técnica que está à frente das ações do paradesporto da Sudesb, a prioridade “é apoiar e escutar as próprias pessoas com deficiência e suas respectivas famílias para tornar possível a adequação da prática esportiva às suas necessidades, garantindo autonomia e estimulando o protagonismo dos potenciais de cada ser humano. Além disso, o combate ao capacitismo, tema do próximo encontro, é um dos problemas mais enfrentados atualmente”, observa.
Segundo afirma, essa ação continuada representa um movimento de conscientização muito importante sobre respeito e inclusão da pessoa com deficiência no meio social. “O esporte e o lazer são instrumentos superpotentes para estimular reflexões e mudanças de atitudes. Ser capacitista é achar que as pessoas com deficiência são coitadinhas e menos capazes do que as pessoas sem deficiência, sempre precisando de ajuda. Pensar ou agir assim só potencializa a invisibilidade das pessoas com deficiência e nos coloca à margem da sociedade”, comenta Nayara que é atleta da paracanoagem.
Entre os próximos temas a ser abordados nas capacitações, estão: a história do paradesporto, discutindo sua importância e as barreiras para inclusão das pessoas com deficiência em atividades esportivas e recreativas; tipos de deficiência; principais aspectos legais sobre os direitos da pessoa com deficiência; promoção de vivências lúdicas, dentre outros.
Fonte: Ascom Sudesb