A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações, promove até este domingo (2) uma ação de pesquisa de circulação viral do hantavírus entre os roedores reservatórios da doença no município de Guarapuava, no Centro-Sul. O objetivo é aperfeiçoar as ações de prevenção e controle da hantavirose, doença transmitida por ratos silvestres, e fornecer uma análise de situação de risco para os gestores municipais. Os trabalhos ocorrem em parceria com a Secretária Municipal de Saúde.
Entre as atividades está a instalação de armadilhas para captura e identificação das espécies de roedores silvestres e coleta de amostras biológicas para a pesquisa de infecção por hantavírus.
“Esse trabalho é feito mediante a primeira confirmação de caso ou óbito por hantavirose no município, como é o caso de Guarapuava. Esta ação permite verificar o percentual de positividade e a prevalência do vírus nos roedores capturados, dando parâmetros para fortalecer as ações de vigilância no município”, explicou o secretário de Estado da Saúde, César Neves.
Segundo dados preliminares do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), em 2022 foram confirmados no Paraná dez casos e duas mortes em decorrência da doença. Em 2023, até o momento, o Estado registra duas confirmações e nenhuma morte.
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HANTAVIROSE – A doença é transmitida por ratos do campo, com a inalação de partículas virais que ficam no ar vindas da urina e fezes desses roedores infectados. Alguns locais ou atividades podem ser mais suscetíveis a contrair a hantavirose, como as culturas de grãos.
É uma doença aguda e de rápida evolução e deve ser notificada em até 24 horas, tanto para as secretarias municipais e estaduais de Saúde, quanto para o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS).
Os sintomas são semelhantes a uma gripe forte, com febre, dor de cabeça, dores no corpo, tosse seca e falta de ar. Também podem ocorrer náuseas, vômitos e diarreia.
Medidas de controle como manter o entorno da casa sempre limpo e sem lixo acumulado, deixar os alimentos dos animais domésticos em potes bem fechados e em locais mais elevados do nível do solo ajudam a conter a aproximação dos roedores.
Locais como galpões e paióis fechados há muito tempo devem ser arejados e abertos 30 minutos antes da limpeza. A orientação é que a varredura seja sempre úmida, de forma que não levante pó.
“A principal ação é a orientação, pois se a população estiver bem orientada saberá sobre as situações de riscos e as medidas para prevenir e evitar a doença”, alertou a responsável técnica pela hantavirose e leptospirose da Sesa, Silmara Aparecida Ferreira de Carvalho.
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PARCERIAS– Para as pesquisas laboratoriais a Sesa conta com o apoio técnico do Laboratório de Biologia e Parasitologia de Mamíferos Silvestres do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e Laboratório de Referência em Vírus Emergentes (ICC/Fiocruz).