Saúde Ceará
Hospital São José completa 53 anos de atendimento humanizado a pacientes com doenças infectocontagiosas
Especializada no atendimento a pacientes com quadros mais severos, a unidade possui Emergência 24h, Unidade de Terapia Intensiva e Programa de Aten...
30/03/2023 17h11
Por: Redação Fonte: Secom Ceará
Foto: Reprodução/Secom Ceará

Especializada no atendimento a pacientes com quadros mais severos, a unidade possui Emergência 24h, Unidade de Terapia Intensiva e Programa de Atendimento Domiciliar

Referência no tratamento de doenças infectocontagiosas, o Hospital São José (HSJ) completa 53 anos de assistência nesta sexta-feira (31). Fundada em 31 de março de 1970, a unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) tem entre seus principais valores a humanização do atendimento e a valorização das pessoas.

Para o infectologista e diretor-geral do equipamento, Edson Buhamra, a qualidade do hospital se deve aos mais de 900 funcionários que compõem a instituição. “Eu fico muito feliz que as pessoas que vêm para cá entendem o espírito do HSJ. Fazer gestão no ‘São José’ é uma das coisas mais prazerosas que eu já tive na minha vida, de trabalhar com gente que tanto honra esse lugar. Eu torço para que a nossa unidade permaneça sendo respeitada diante do poder público, da imprensa e da população”, enfatiza.

Durante a segunda onda da pandemia, em 2021, Ubiratan Oliveira, de 64 anos, passou 49 dias internado em decorrência da covid-19. Como as visitas eram proibidas, o então paciente acabou desenvolvendo um vínculo com a equipe multidisciplinar. “Eu até brinco que sou um publicitário autônomo do ‘São José’. Uma coisa que achei interessante no hospital, que eu não conhecia, é a capacidade médica fantástica, o sistema totalmente humanizado e a integração das equipes, desde terceirizados a servidores públicos, todos excepcionais”, relata.

Foto: Reprodução/Secom Ceará

Erick Azevedo atua como enfermeira do Hospital São José desde 1993

Erick Azevedo, servidora pública e enfermeira do HSJ há 30 anos, considera o equipamento um espaço diferenciado não só pelo tamanho — por ser uma das menores unidades da Rede Sesa, a relação entre os colaboradores, segundo ela, é bem mais estreita —, mas também pelo cuidado destinado aos pacientes. “É uma parcela da sociedade altamente discriminada. A doença infecciosa já afasta muito, e a gente acolhe, abraça e cuida dessa pessoa. Isso realmente é um diferencial muito grande”, destaca.

Reduto de conhecimento

O Ensino e a Pesquisa são outros pontos fortes da estrutura. O local forma médicos infectologistas de várias instituições do Ceará, de outros estados brasileiros e até de outros países. O HSJ é, ainda, um espaço de formação de residentes multiprofissionais das áreas de Enfermagem, Fisioterapia, Serviço Social, Farmácia, Psicologia, Nutrição e Terapia Ocupacional.

Foto: Reprodução/Secom Ceará

Natália optou por fazer residência no HSJ, referência no tratamento de doenças infectocontagiosas, especialidade pela qual sempre teve interesse

Natália Nogueira, natural do Rio Grande do Norte, iniciou a residência em março de 2021, em meio à segunda onda da pandemia. Apesar do período conturbado, a residente notou que o trabalho em equipe e a comunicação são características marcantes do hospital. “Eu percebi realmente que forte aqui é essa questão de você não estar sozinho. Principalmente para quem é R1 [quem está no primeiro ano da formação]; existe muita insegurança. Você não sabe o fluxo das coisas, não sabe como é para fazer, mas sempre tem alguém para ajudar”, observa.

História

Criado em 1970, o Hospital São José surgiu da necessidade, no Estado, de uma unidade que acolhesse pacientes com doenças transmissíveis, assegurando tratamento de qualidade e atendimento humanitário à população. Tétano, raiva humana, difteria, coqueluche, febre tifóide, meningite, tuberculose e hepatites virais estavam entre as principais enfermidades tratadas na instituição durante a primeira década de funcionamento.

Em 1986, após o surgimento da aids, o HSJ passou a receber também os pacientes diagnosticados com a doença — estágio avançado da infecção pelo vírus HIV. Por muito tempo, o hospital foi o único equipamento de saúde a receber pessoas positivas no Ceará. Desde então, esta é a patologia mais predominante no perfil assistido pela instituição.

A estrutura possui ambulatórios especializados, Emergência 24 horas, Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Hospital-dia, Programa de Atendimento Domiciliar (PAD), Imagenologia, Laboratório, Farmácia, entre outros serviços.