Palestra foi realizada no auditório do IPF e reuniu internas do Instituto Penal Feminino Auri Moura Costa (IPF)
Em alusão ao Mês da Mulher, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) realizou um ciclo de palestras sobre saúde sexual e reprodutiva para policiais prisionais e internas do Instituto Penal Feminino Auri Moura Costa (IPF). A atividade contou com a parceria da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) e ocorreu nos dias 27 e 28 de março, respectivamente.
“A ação objetiva garantir o acesso à informação por meio de falas que visam ao autocuidado, tanto para quem precisa desta atenção, quanto para o cuidador. Assim, podemos incentivar discussões e identificar, previamente, possíveis agravos à saúde dessas pessoas”, explica o gerente técnico do setor de Saúde Prisional da Sesa, João Pereira de Lima Neto.
Na segunda-feira (27), a ginecologista e sexóloga Débora Britto se reuniu com agentes e policiais penitenciárias, no auditório da SAP, para falar sobre saúde feminina. Na ocasião, a especialista deu orientações gerais sobre a temática e abriu espaço para perguntas das participantes.
Na segunda-feira (27), Débora Britto se reuniu com agentes e policiais penitenciárias, no auditório da SAP
Na tarde da terça-feira (28), a médica, também assessora técnica da Superintendência da Região de Fortaleza (SRFOR), ministrou um momento junto às internas do IPF acerca da sexualidade feminina. O evento contou com uma abordagem coerente à realidade dessas mulheres e oportunizou o diálogo.
Débora Britto falou sobre temáticas como endometriose, sexualidade, câncer de mama e de útero
“Conversamos de forma descontraída e me coloquei à disposição para tirar as dúvidas que elas têm sobre esse universo. Foi uma chance de orientá-las e de reforçar a garantia do acesso à saúde que elas podem e devem ter nos espaços prisionais”, destaca Britto.
Na ocasião, temas como endometriose, câncer de mama e uterino foram questões levantadas. As internas também perguntaram sobre sexo seguro, prevenção e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), e sugeriram novas temáticas para futuros encontros.
“Oportunidades como essa proporcionam a conscientização sobre a atenção à saúde. O protagonismo feminino se potencializa quando a mulher assume seu autocuidado, empoderando-se do olhar para si mesma”, destaca Eliana Freitas, assessora técnica da Saúde Prisional.
Trata-se de uma área que segue diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), cujo objetivo principal é efetivar políticas públicas de saúde voltadas a esta população.