O informe semanal da dengue publicado nesta terça-feira (21) pela Secretaria estadual da Saúde aponta 1.872 casos a mais do que na semana anterior e dois novos óbitos provocados pela doença. O período epidemiológico, que teve início em agosto do ano passado, soma agora 8.723 casos e oito óbitos confirmados no Estado.
As duas mortes divulgadas nesta semana são de mulheres de 42 anos com comorbidades (uma com doença autoimune e outra com problemas renais), residentes nos municípios de Paranaguá e Foz do Iguaçu.
Dos 399 municípios, 268 registram casos confirmados de dengue e 374 apresentam notificações. Os sintomas de dengue são febre alta acompanhada de um ou mais sintomas, como dor no fundo do olho, dor de cabeça, vômitos, náuseas, manchas avermelhadas pelo corpo, dor muscular.
Com relação a chikungunya, são cinco novos casos, sendo dois em Foz do Iguaçu e Medianeira e um no município de Cruzeiro do Oeste. O Paraná soma agora 43 confirmações: Curitiba (5), São José dos Pinhais (1), Pato Branco (3), Foz do Iguaçu (15), Matelândia (2), Medianeira (2), São Miguel do Iguaçu (4), Céu Azul (1), Cruzeiro do Oeste (1), Umuarama (1), Paranavaí (1), Santo Antônio do Caiuá (1), Ibiporã (1), Jacarezinho (1), Guaíra (1), Marechal Candido Rondon (1), Mercedes (1) e Mariluz (1). Não há casos de óbitos pela doença neste período epidemiológico.
“O Paraná está atento e realizando diversas ações para combater a proliferação do mosquito transmissor dessas doenças. Mas a melhor forma de prevenção ainda é a remoção dos criadouros e recipientes que acumulam água parada, por isso é fundamental que a população esteja vigilante e atue na eliminação desses pontos”, alertou o secretário estadual da Saúde, César Neves.
MAYARO E DENV 3 – O Laboratório Central do Estado (Lacen), por meio das 60 Unidades Sentinelas da Dengue distribuídas pelo Paraná, realiza a vigilância laboratorial das Arboviroses. Além da tipificação viral da dengue são pesquisados os vírus chikungunya, zika e febre amarela.
A partir deste ano, foi incorporado ao painel viral de arbovírus a pesquisa dos vírus oropouche e mayaro, ambos sem registro de circulação prévia no Estado. Nesta segunda-feira (20), o Lacen liberou o laudo do primeiro caso detectado para mayaro no município de Quedas do Iguaçu, na 10ª Regional de Saúde de Cascavel. O caso, que está sendo acompanhado pelo município, foi importado do Pará, local que possui histórico de circulação viral.
“O mayaro pertence à mesma família do vírus chikungunya e suas manifestações clínicas são muito parecidas, embora as produzidas pelo chikungunya sejam bem mais intensas. A transmissão desse vírus, envolve mosquitos silvestres, principalmente os do gênero haemagogus”, explica Ivana Belmonte, coordenadora de Vigilância Ambiental da Sesa.
O Lacen detectou ainda o primeiro caso de DENV 3 em Curitiba. O caso é importado do Suriname, país localizado na América do Sul, e está sendo acompanhado pelo município. O DENV 3 é um dos quatro sorotipos da dengue e a última ocorrência da circulação deste sorotipo no Paraná foi em 2016, com o registro de 33 casos detectados.
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