No Dia Mundial da Saúde Bucal, celebrado em 20 de março, a Secretaria da Saúde (SES) alerta a população para a importância dos bons hábitos de higiene bucal, alimentação saudável e visitas frequentes ao cirurgião-dentista para redução dos índices de cárie, doenças periodontais e perdas dentárias.
A data foi instituída pela Federação Dentária Internacional (FDI) e lançada oficialmente em 2007. Neste ano, a campanha dá continuidade ao tema escolhido para o período 2021-2023 – Tenha orgulho de sua boca.
A coordenadora da divisão de Saúde Bucal da SES, Tatiana Lafin, assinala que o cuidado com os dentes, gengiva e mucosa bucal tem papel crucial na capacidade de realizar atividades diversas, como mastigar, deglutir e articular palavras. Além disso, manter a saúde bucal em dia também melhora a autoestima e a confiança das pessoas.
“A cárie é uma doença infecciosa. É considerada a doença mais comum nos seres humanos e precisa ser controlada”, afirma Tatiana. O controle é feito pela correta higienização dos dentes e da gengiva. “Todas as vezes que nos alimentamos devemos escovar os dentes e, sempre que possível, usar o fio dental. Depois dos intestinos, a boca é a cavidade com o maior número de bactérias”, explica a coordenadora.
Riscos de doenças
Algumas das doenças bucais mais comuns são a periodontite e a gengivite, que ocorrem pela má higiene bucal e causam sangramento gengival. Estão relacionadas a doenças sistêmicas, como diabetes, com interferência mútua, ou seja, a piora na saúde gengival pode aumentar a glicemia.
Além disso, doenças cardiovasculares, como ateroesclerose e endocardite bacteriana, também estão relacionadas a periodontites. Para as gestantes, é importante realizar o pré-natal odontológico, pois a periodontite também está ligada a partos prematuros e a nascimentos de bebês com baixo peso.
O câncer bucal tem alta prevalência na população, sendo um dos tipos mais comuns. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil está na terceira posição do ranking. Se diagnosticado no início, há grandes chances de cura (cerca de 80%), sem deixar sequelas. As causas são multifatoriais, como tabagismo, álcool, alimentação, má higiene bucal, traumas na boca, entre outras.
Importância da escovação
O dentista deve ensinar a forma correta de escovação, assim como recomendar a escova ideal para o paciente. Existem vários tipos de escova no mercado e, na maioria das vezes, a orientação é usar escovas de cabeça pequena e cerdas macias.
Quanto aos enxaguatórios bucais, assim como todo medicamento, também possuem efeitos colaterais e apenas profissionais capacitados estão aptos para recomendar a utilização do produto.
Rede de Saúde
O Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio Grande do Sul oferece atendimento em saúde bucal, desde a Atenção Primária até a Atenção Especializada.
Nas unidades de saúde dos municípios é feita a detecção e a resolução das necessidades odontológicas do usuário. Quando necessário, é realizado o encaminhamento para as devidas referências para reabilitação e atendimento especializado, assim como para manutenção pós-tratamento. A Atenção Primária também realiza ações de promoção e prevenção de saúde bucal.
Além do atendimento clínico, é realizado um trabalho de educação em saúde nas escolas e creches, por meio, por exemplo, do Programa de Saúde na Escola (PSE). Entre as ações, são distribuídas escovas de dentes para escolas, creches, APAEs, penitenciárias e unidades de saúde.
A Atenção Especializada em saúde bucal no Estado é representada pelos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) e Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias (LRPD). O Rio Grande do Sul é um dos poucos estados brasileiros (sendo o segundo para o CEO e o primeiro para LRPD) a disponibilizar recursos específicos para esta modalidade.
Nos CEO, são realizados procedimentos de endodontia (tratamento de canal), cirurgia oral maior, periodontia (doenças de gengiva), estomatologia (câncer bucal) e atendimento a pacientes com deficiência.
Os laboratórios são responsáveis pela confecção de próteses dentárias, distribuídas por todas as regiões. Esses serviços recebem recursos estaduais mensais para melhoria das condições de atendimento.
Texto: Ascom SES
Edição: Secom
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