A Universidade Estadual de Maringá (UEM), por meio do Escritório de Cooperação Internacional (ECI), recepcionou na semana passada a professora ucraniana Yuliia Dziazko, que chegou ao Brasil com a família por intermédio do Programa Paranaense de Acolhida a Cientistas Ucranianos, do Governo do Estado. O projeto é desenvolvido pela Fundação Araucária e Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).
Foi organizada uma tarde de boas-vindas, na qual estiveram presentes a vice-reitora, Gisele Mendes, o coordenador do Escritório de Cooperação Internacional (ECI), Renato Leão, o pró-reitor de Extensão e Cultura (PEC), Rafael da Silva, o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UEM, Mauro Ravagnani, a diretora de Extensão (DEX), Crishna Mirella de Andrade Correa, e a bolsista da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Fabiane Hodas.
Yuliia está em Maringá com o marido, Oleksandr Dziazko, desde janeiro. O casal é da capital da Ucrânia, Kiev. Ela é engenheira química e atuava na universidade Vernadskii Institute of General and Inorganic Chemistry of the National Academy of Science of Ukraine. A pesquisadora trabalha na área de desenvolvimento de membranas de poli ácido lático (PLA), produzidas em impressora 3D e aplicação para a remoção de contaminantes emergentes. Esse projeto foi proposto pela professora Rosângela Bergamasco, do Departamento de Engenharia Química (DEQ/UEM).
“Como hoje em dia a água está cada vez mais poluída com produtos contaminantes e que não são removidos pelos sistemas convencionais, se faz necessário desenvolver processos para que sejam mais eficientes e que tenham viabilidade econômica. A produção de membranas com a impressão 3D surge como um processo promissor. Essas membranas serão acopladas nos tratamentos para produzir água de melhor qualidade. A professora ucraniana já tem experiência no processo e com certeza contribuirá no desenvolvimento deste projeto”, disse Rosângela.
Hodas, que está no projeto para auxiliar Yuliia e o marido com a língua portuguesa dentro e fora da universidade, além de ajudá-la em suas atividades e adaptação na cidade, comentou que a professora ucraniana gostou muito do Brasil. Também disse que as pessoas são muito gentis e simpáticas e achou que há muitos jovens na cidade.
O programa recebeu até o momento 13 pesquisadores no Paraná. Eles estão distribuídos nas seguintes universidades: UENP, UEL, PUC, UTFPR - Medianeira, Unicentro, Unioeste, Unila, UEPG, IFPR e UEM. Este edital é de fluxo contínuo, possui 50 bolsas no total disponíveis e tem como prioridade apoiar financeiramente as Instituições Científicas e Tecnológicas e de Inovação (ICTs) paranaenses na acolhida de pesquisadores ucranianos para atuar na Pós-graduação Stricto Sensu.
"O objetivo é acolher e integrar as cientistas ucranianas na comunidade paranaense, e também prevê colaborações conjuntas futuras para a reconstrução e fortalecimento da economia ucraniana por meio da ciência e inovação", afirma o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig.