A 10ª Abertura Oficial da Colheita do Milho ocorreu nesta sexta-feira (10/2) na Fazenda São Francisco, em Jaguarão, com a presença do governador Eduardo Leite. Pela primeira vez a cerimônia foi levada para um município da Metade Sul a fim de destacar o potencial do cultivo de milho em terras baixas com tecnologia de irrigação em sulcos e camalhões. O grão tem alta demanda no país e no Estado, principalmente pelo seu uso na composição da ração animal para suínos, aves e ruminantes.
A técnica sulco-camalhão estabelece uma zona de cultivo com solo mais profundo e descompactado, ideal para o desenvolvimento radicular das culturas. Além da irrigação, a técnica permite a drenagem da lavoura.
O governador destacou a expansão das fronteiras agrícolas no Estado a partir das novas tecnologias e da resiliência dos produtores. “Abrimos a colheita do milho celebrando a superação das dificuldades e dos obstáculos. Os tempos não estão sendo fáceis para o cultivo desse grão, mas a capacidade técnica, as novas tecnologias, o empreendedorismo e a ousadia do produtor gaúcho permitiram que as nossas plantações de milho pudessem se expandir em áreas antes impensadas, como as terras baixas da região sul do Estado”, disse.
O Rio Grande do Sul é o sexto maior produtor de milho em grão do Brasil, produzindo, em média, 5 milhões de toneladas por ano. O Valor Bruto da Produção (VBP) do milho no Estado se aproxima de R$ 5 bilhões, o que representa cerca de 5% do VBP da agropecuária gaúcha.
Leite reforçou o compromisso do Estado com o avanço das políticas de irrigação para garantir a proteção das lavouras e a reservação de água de forma sustentável. “Vamos trabalhar fortemente não apenas com recursos, mas também com o aprimoramento das normativas para a reservação de água, criando condições para o aumento da produtividade e proteção das lavouras, garantindo boas safras no futuro”, garantiu.
O secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Giovani Feltes, ressaltou a importância da expansão da produção do grão para a Metade Sul pela técnica de irrigação por sulco. “É uma realidade revolucionária, que alavancará os ganhos econômicos e sociais e o desenvolvimento da região, e impactará positivamente a cadeia da proteína animal, para a qual o milho é fundamental”, reforçou.
Texto: Thamiris Mondin/Secom
Edição: Vitor Necchi/Secom