Segundo estudo apresentado em congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC), no portal IstoÉ Dinheiro, a interrupção na utilização de um ou mais remédios prescritos para pacientes de insuficiência cardíaca está associada a 30% dos casos de piora do quadro. O estudo conta com dados de 51 hospitais públicos e privados de 21 cidades do país, demonstrando que, aproximadamente, 50% dos pacientes com a síndrome não recebem orientações a respeito da utilização correta da medicação. O levantamento ainda destaca a elevada mortalidade intra-hospitalar.
As infecções também foram responsáveis pela piora do quadro em 23% dos casos. Na sequência, arritmias cardíacas (12,5%) e o crescimento da ingestão de água e sódio (8,9%). A taxa de mortalidade foi de 12,6%, superando o dobro localizado em registros europeus e americanos. Conforme os responsáveis pela pesquisa, a adesão ao tratamento não pode ser de responsabilidade apenas do paciente. "É necessário que ele receba instrução apropriada sobre uso correto das medicações e que seja orientado sobre como reconhecer piora dos sintomas e sobre consultas futuras. No entanto, só pouco mais de 50% dos pacientes recebem orientações sobre o uso das medicações, e 44%, sobre identificação de sintomas e consultas futuras", explica o superintendente de Ensino e Pesquisa do Hospital do Coração (Hcor).
O superintendente também ressalta que há espaço para aperfeiçoar a assistência a pacientes internados com a doença cardíaca. "Há a expectativa de que recursos como aplicativos que recebam dados do paciente (como peso e pressão arterial) e do uso de medicamentos e gerem recomendações de procura por atendimento médico possam melhorar a qualidade de vida e sobrevida de pacientes com insuficiência cardíaca", afirma.
Segundo informações consideradas na análise, a insuficiência cardíaca é uma das causas centrais de internação hospitalar na América do Sul. Em 2020, segundo o DataSUS, do Ministério da Saúde, a insuficiência cardíaca foi a causa de 27.775 óbitos no Brasil.
70% das pessoas tomam remédios para emagrecer sem prescrição médica
Ainda sobre medicamentos, o que envolve medicamentos especiais e oncológicos, por exemplo, segundo pesquisa realizada pelo instituto Real Time Big Data, no portal Folha Vitória, cerca de 70% das pessoas que tomam remédios para emagrecer não têm prescrição médica e consideram orientações de amigos ou parentes. A pesquisa também mostrou que, a cada 100 brasileiros, ao menos sete já utilizaram algum tipo de medicamento para perda de peso. Na região Norte do Brasil, o número quase triplica, alcançando 25% das pessoas. O público proeminente é o feminino.
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