Geral (AR)RISCO POEMAS
ECOS DE OURO PRETO
O BARBEIRO DE PLANTAS
30/09/2022 00h04
Por: Redação Fonte: Luís Fernando Gurgel e Souza

Na cidade histórica.

Histórias da cidade contam

que as escadas falam.

 

Basta subir em Casa de Gonzaga,

em Museu da Escola de Farmácia.

Ouvir um silêncio: gemem as escadas.

 

Declamam poesias de outrora e de agora.

 

Entoam cantos de liberdade

e de diversidade

 

Itacolomy, do tupi

Pedra menino.

Levante!

Filho da terra!

 

Arte que resiste às passagens de areia.

Ampulheta do tempo que não tem volta.

 

Arte que forma posições.

Opiniões e transgressões.

Temor dos poderosos (pensam que são). Mandatários das opressões

que dependem da desigualdade de milhões.

...

Igreja São Francisco de Assis,

obra grandiosa à qualquer vista.

Dois artistas assinaram imortalidade.

 

Aleijadinho fincando na pedra,

na madeira, na carne, na terra.

Talhou orgulho e beleza

Maestria e destreza

Para quem dúvidas tinha de sua desenvoltura,

Maior se tornou na suprema arte da escultura.

 

Mestre Ataíde pintando teto, parede, relíquia.

Vejam que nem se deu conta a Irmandade:

Em meio a Ceia e Lava-pés

uma sutil referência de rebeldia

(Contei treze apóstolos ao redor do Messias, seria Maria?)

 

(A graça da arte é essa

Devaneios meus

Crio intenção, sem pressa

Ecos de Ouro Preto...)

 

Luís Fernando Gurgel e Souza, sobre histórias do cotidiano, fábulas, crônicas futebolísticas e emoções de cada um.  luisfgurgel11@gmail.com