No fundo, lá no fundo, eu tenho uma ideia de que as coisas que passamos servem para nos ajudar a SER mais humano. Viemos para cá para isso, não é mesmo? Não foi para ser quartzo rosa, uma samambaia, uma flor de laranjeira ou um cachorro (que por vezes acho que são melhores que certos que se dizem humanos).
A filósofa e professora Lúcia Helena Galvão (caro leitor, procure saber sobre esta mulher!) disse em uma palestra que um ser humano que atinge um grau superior de consciência pode iluminar muitos outros, só por eles existirem. O fato de ter existido Sócrates, Platão, Aristóteles, Pitágoras, Sidarta Gautama (o popular Buda), Jesus de Nazaré entre tantos outros seres humanos são exemplos de que nós temos em quem nos mirar. Não tenho a presunção (e acredito nem você), comparar-me a tais figuras extraordinárias. Mas penso que eles deixaram um bom Manual para leigos. Por vezes incluímos essas pessoas no imaginário dos Super Humanos, mas eles foram humanos, no sentido puro da palavra. A professora Lúcia Helena diz na palestra que é como se Buda subisse numa alta montanha e desse tchauzinho para nós aqui embaixo convidando a subir o tortuoso caminho. Ele diria: “Subam, vejam como eu subi. É possível!” Porém, o caro leitor há de concordar, olhando para cima é um “fruta” desafio!
Por que estou nessa viagem toda na PISTA? Porque estas últimas semanas me derrubaram as “barreiras das AM FM e dos elevador”. Senti-me muito pesado. Minha frequência vibrou baixo. Em um momento eu estava centrado, buscando o baricentro e tentando ficar por ali e de repente… Pimba! Caí. O contexto do mundo externo influenciou, com certeza. As energias negativas estão rondando a todos nós.
Não devo colocar culpa em ninguém, nem nas situações. Virão dias que estaremos tristes e irritados. Pra caramba. Mas aprendi com o Pathwork que existe um negócio chamado autorresponsabilidade.
Ouvi da Professora Lúcia Helena outro dia (estou dizendo, cola nessa mulher!) um saber da escola de filosofia dos estoicos, sendo um dos seus principais pensadores o filósofo Sêneca. Dizia-se que os estoicos seguiam a ideia do sereno contentamento. Este pensamento é para mim a ideia do equilíbrio que eu tenho buscado.
E tem tudo a ver com a Lei Universal do Ritmo, uma das sete leis universais segundo a filosofia hermética (livro que fala disso se chama “O Caibalion”). Em suma, a Lei do Ritmo diz que “Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação” (trecho retirado na íntegra do livro O Caibalion).
O que quero comunicar é que estamos todos dentro desse pêndulo chamado vida. Inevitável. Lá nos estudos herméticos é dito que com uma grande dose de treinamento da consciência (que eu chamei de flexões de mente) podemos neutralizar as vibrações negativas. Fixar no topo da página as boas vibrações e olhar para elas quando as vibrações negativas chegarem. Olhar para o topo da montanha e dar tchauzinho para Buda (nó, que viagem!). Mas, claro, isso é mais provável de acontecer se o pêndulo estiver oscilando menos (lembra-se do Sêneca e o equilíbrio?).
Os hermetistas dizem que não é possível destruir a onda das vibrações negativas, a Lei Universal do Ritmo é bem clara. O que os estudantes avançados fazem, segundo o livro, é deixar o pêndulo mental vibrar para trás no plano inconsciente. Eles conseguem recusar as vibrações negativas colocando-as de propósito no inconsciente sem que a Consciência seja afetada. Imagine que é como se estivéssemos pulando uma onda do mar (a maioria de nós já fez isso no ano novo, não é?). Pulamos, mas a onda passa por baixo de nós e continua seu caminho; depois ela se recolhe e volta para o mar. Os hermetistas chamam isso de Transmutação Mental. A Transmutação Mental é o Santo Graal da filosofia hermética, o nível Pós-doc de toda a parada, a faixa preta décimo Dan.
Parece papo de um doido, mas eu acredito nesse trem. E, como disse a professora Lúcia Helena, já existiram seres humanos capazes de realizar isso, então é possível! Vamos tratá-los como faróis para a humanidade. Bom, pelo menos posso tentar dar um tchauzinho para eles mais de perto, olhando para cima de vez em quando (porque não posso deixar de focar no meu caminho a frente) e tentando chegar o mais próximo do topo da montanha que eu conseguir!
Se o caro leitor do outro lado da telinha chegou até aqui, gratidão! Tenha certeza que escrever isso, especialmente hoje, me fez sentir melhor! “Sortei” os trem acumulado, sô!
Um salve! Namastê! Até a próxima PISTA!
Luís Fernando Gurgel e Souza, sobre histórias do cotidiano, fábulas, crônicas futebolísticas e emoções de cada um. luisfgurgel11@gmail.com