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Raro, câncer de testículo atinge homens entre 15 e 50 anos

No Brasil, a doença corresponde a 5% do total de casos de câncer entre homens, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA)

22/04/2022 17h15
Por: Redação Fonte: Agência Dino
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Abril é o mês de conscientização e combate ao câncer de testículo. A campanha chamada Abril Lilás busca informar e mostrar a importância dos cuidados com a saúde masculina. No Brasil, a doença corresponde a 5% do total de casos de câncer entre homens, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Caio Guimarães Neves, médico oncológico do Instituto de Câncer de Brasília (ICB), afirma que, apesar de rara, a doença atinge, principalmente, homens entre 15 e 50 anos e se for detectada precocemente é tratável e curável. "Ela apresenta baixo índice de mortalidade quando diagnosticada em estágios iniciais", aponta. "Os pacientes devem ficar atentos ao aparecimento de nódulos; aumento ou diminuição dos testículos; endurecimento; sangue na urina; dor ou desconforto sem causa aparente na parte baixa do abdômen; e sensibilidade dos mamilos".

A falta de informação e, em alguns casos, o preconceito são algumas das razões que levam os homens a deixarem de lado as consultas de rotina e procedimentos simples, indolores e fundamentais para identificar a doença. "Mesmo que raro, o câncer de testículo é um tipo agressivo, pois evolui de forma muito rápida com a duplicação das células tumorais", ressalta Caio. "É por isso que os homens devem se cuidar e se preocupar com a própria saúde. É importante que eles possam realizar os exames de prevenção para manter uma vida saudável".

Dentre os fatores de risco para a doença estão: histórico familiar, infertilidade, exposição a agrotóxicos e Criptorquidia (quando um ou os dois testículos não descem para a bolsa escrotal). O tratamento é feito com cirurgia, onde o testículo é extraído em parte ou totalmente - dependendo do tamanho da lesão e dos marcadores tumorais - e com radioterapia, quimioterapia e controle clínico. "A função sexual e reprodutiva dos pacientes não é afetada quando o outro testículo está saudável", finaliza o médico.

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