Geral Livre
MOKSHA, EU SOU LIVRE
(Ar) Risco Poemas
09/02/2022 23h50 Atualizada há 3 anos
Por: Redação Fonte: Luís Fernando Gurgel e Souza

O que é o tempo?

 

Anos se passando pelo corpo físico?

Segundos de uma inspiração

e o alívio da expiração?

O tic-tac do relógio?

 

O canto de um passarinho pela manhã?

O atraso no trabalho?

O adiantamento de salário?

A procura de um emprego?

A barriga vazia e o medo?

 

Quantos infinitos cabem neste tempo?

 

O que é o tempo?

Uma moeda de troca limitada?

Uma poupança no banco?

A prestação honrada?

A espera da noiva?

O choro do bebê?

A casa financiada?

 

Quantos passam sem ter tempo?

E quando minha efemeridade por aqui se esvair

Acabou o tempo?

 

...

 

Ou o Tempo continua…

 

Onde é o Tempo?

 

Seguindo uma linha em direção à luz

para o Templo, a morada infinita?

O caminho do Templo é o Tempo?

 

Quantos Tempos existem?

O meu é o mesmo que o teu?

Chegaremos à mesma morada?

 

Então o que mais tenho é este Tempo?

O Tempo que estou percebo o tempo passar.

 

...

 

Moksha.

Sou livre.

Outro tempo aqui não existe,

ele é prisão.

 

Mas sou livre.

Moksha.

A passagem para a iluminação.

O Tempo não passa por aqui.

Eu passo pelo Tempo.

Infinita evolução.

 

 

Luís Fernando Gurgel e Souzasobre histórias do cotidiano, fábulas, crônicas futebolísticas e emoções de cada um.  luisfgurgel11@gmail.com