O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), avaliou, nesta quinta-feira (1º), que a falta de coordenação para o enfrentamento da pandemia da covid-19 impediu que o país respondesse à crise sanitária de forma eficaz e célere.
O senador mineiro participou de reunião virtual com a diretoria da FNP (Frente Nacional de Prefeitos), idealizadora do Conectar (Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras).
“Não há nada pior, num momento como esse, do que a desarticulação, a falta de coordenação. E o Brasil revelou, infelizmente, a partir dessa falta de coordenação, algo que nós não podíamos ter feito. Desde o início, era preciso ter coordenado todos os entes federados para podermos enfrentarmos da melhor forma possível essa pandemia. Esse consórcio é uma demonstração de unificação dos municípios brasileiros, algo a ser seguido”, ressaltou Pacheco.
O parlamentar explicou ainda aos prefeitos os trabalhos que estão sendo desenvolvidos no Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19.
Além do presidente do Senado, que é interlocutor dos governadores, o grupo conta com a participação do presidente Jair Bolsonaro, do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e de representantes do CNMP (Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público).
Diante da estimativa apresentada pelo Executivo, de que as contratações de doses de vacinas seriam suficientes para atender toda a população brasileira, Pacheco afirmou ter solicitado ao Ministério da Saúde um cronograma mais crível de imunização no país, uma vez que essa é a principal forma de minimizar a proliferação do vírus.
“Temos que reconhecer que o Brasil atrasou esse processo, atrasou esse cronograma e estamos correndo atrás do tempo nesse momento”, frisou.
Em nota divulgada à imprensa, o senador mineiro disse reconhecer o esforço da FNP por liderar iniciativa que segue uma premissa que, na avaliação dele, deve ser prioridade: a unificação de ideias e de ações para o enfrentamento à doença.
Interlocutor dos governadores no Comitê da Covid-19, o senador avaliou ainda que é louvável a ideia de incluir representantes dos prefeitos e dos governadores no grupo de trabalho.
“A intenção não é subtrair a responsabilidade ou assumir a responsabilidade exclusiva pelo enfrentamento. É apenas uma organização de ideias para que o presidente da República faça uma coordenação geral, para que ele tenha conhecimento das ações do Legislativo, para que nós tenhamos conhecimento das ações do Executivo, e o diálogo muito franco com os demais segmentos e, sobretudo, com governadores e prefeitos”, explicou.
O R7 encaminhou a manifestação do senador ao Palácio do Planalto e aguarda retorno. O espaço está aberto.
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