O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou nesta terça-feira (9) pela suspeição do ex-juiz Sergio Moro e afirmou que ele agiu com interesses políticos nos processos envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em voto que durou cerca de duas hora, Mendes fez duras críticas ao ex-juiz e à Operação Lava Jato, a qual classificou como o "maior escândalo judicial da história" e fez comparação com o AI-5, ato institucional da ditadura militar que suprimiu direitos e representou o período de maior repressão.
O julgamento retomou análise começada em 2018, na qual os ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia já tinham votado contra a tese trazida pela defesa de Lula. O assunto voltou à pauta após o ministro Edson Fachin decidir anular na segunda-feira (8) as condenações contra o ex-presidente.
O ministro lembrou que apoiou a Lava Jato, em seu início, mas que logo percebeu o viés autoritário da operação. "O combate tem que ser feito dentro dos moldes legais. Não se combate crime, cometendo crime", disse.
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