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Participação feminina na ciência aumenta com apoio do Governo de Minas
Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência é comemorado nesta terça (11/2)
11/02/2025 17h19
Por: Redação Fonte: Secom Minas Gerais

“É muito importante para nós, jovens, que as portas estejam abertas no ambiente científico. Como bolsista, aprendi muito do que eu realmente não imaginei que aprenderia”, diz Bianca Santos, de 17 anos, estudante do ensino médio público e bolsista de Iniciação Científica Júnior (BIC Jr.). Por meio da bolsa, ela desenvolve atividades na área de estudos oncológicos da Fundação Ezequiel Dias (Funed) .

A bolsa BIC Jr, concedida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) , foi o primeiro contato de Bianca com a pesquisa. Em 2024, a fundação distribuiu 1.269 bolsas desse tipo, em um investimento de R$ 3,38 milhões, e a participação das mulheres na produção do conhecimento científico e na inovação vem crescendo de forma expressiva com o apoio do Governo de Minas .

Em 2020, do total de projetos financiados por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) , 36% eram coordenados por mulheres. Em 2023, elas já respondiam pela coordenação de 45% do total de projetos.
 

 

"As mulheres desempenham papéis fundamentais no avanço da ciência, tecnologia e inovação. Contribuições femininas são responsáveis por algumas das maiores inovações e descobertas, como a radioatividade. Temos capacidade de inventar, descobrir e inovar", destaca a secretária de Estado Adjunta de Desenvolvimento Econômico, Kathleen Garcia.

 
  
  


Protagonismo feminino

Neste dia 11/2, quando é comemorado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, a Sede-MG e a Fapemig dão início à série “A voz feminina na ciência”, com reportagens e vídeos de pesquisadoras em diferentes estágios da carreira. 

Além de homenagear as cientistas mineiras, a ação visa levar ao conhecimento público o trabalho desenvolvido por elas, bem como uma reflexão sobre o ambiente científico. Os conteúdos serão publicados semanalmente e cada publicação destacará a trajetória de mulheres que constroem, diariamente, a ciência em Minas Gerais.

“Esta data é de fundamental importância para dar visibilidade à participação feminina nas áreas Stem (sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática)”, afirma Arilza Porto, chefe do departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela é uma das 42 mulheres que fazem parte do departamento, considerado o maior do Brasil.

A participação das mulheres nas áreas Stem tem sido incentivada pelo Governo de Minas desde a Educação Básica, “Os órgãos de fomento contribuem para a geração de novas iniciativas, principalmente em recursos humanos e infraestrutura, que permitem a continuidade do desenvolvimento científico”, destaca Vanessa Rennó, pesquisadora do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel). Ela teve projeto aprovado na chamada Fapemig 06/2023 - Ciência por elas.

Retorno social

A pesquisadora Kely Correa também iniciou sua trajetória científica como bolsista da Fapemig. Hoje, como recém-doutora, ela desenvolve estudos sobre leite humano e qualidade do leite bovino no Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).
 

 

"Para mim, é gratificante desenvolver projetos na área de leite humano, em que eu, como mulher, vou contribuir para o aprimoramento do aleitamento materno", destaca a pesquisadora Kely Correa.

 
  
  


Maria das Graças Cardoso, coordenadora do Centro de Referência em Análise da Qualidade da Cachaça, da Universidade Federal de Lavras (Ufla), criou ferramentas para contribuir com a valorização da cachaça. Ela conta que nem sempre o caminho é livre de obstáculos. “Subir esses degraus, desde 1998, não foi fácil. Eu ainda não estou no topo e tenho muito o que fazer”, pontua.