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Transição energética justa é tema de reuniões do Estado na Conferência do Clima em Baku
A participação do governo do Rio Grande do Sul na Conferência do Clima de Baku, no Azerbaijão (COP29), nesta sexta-feira (15/11), contou com uma sé...
15/11/2024 12h46
Por: Redação Fonte: Secom RS

A participação do governo do Rio Grande do Sul na Conferência do Clima de Baku, no Azerbaijão (COP29), nesta sexta-feira (15/11), contou com uma série de reuniões sobre transição energética justa e o mercado do hidrogênio verde. Os representantes do Estado, sob a liderança da secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, tiveram a oportunidade de apresentar o potencial em energias renováveis do Estado e falar sobre os estudos para o Plano de Transição Energética Justa que estão em andamento.

Um dos encontros foi com a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), com sede nos Emirados Árabes Unidos. A organização intergovernamental é dedicada à promoção da energia renovável no mundo e desenvolvimento de políticas em prol da transição energética sustentável.

O encontro serviu como uma aproximação entre o Estado e a instituição para novas agendas que fortaleçam as energias limpas e a cooperação com relação a capacitações. Marjorie reforçou que mais de 80% da potência elétrica instalada no Estado vem de fontes renováveis e que o Rio Grande do Sul conta com o um grande potencial para ampliar essa porcentagem.

“Esse potencial para o desenvolvimento de energias renováveis fez o Rio Grande do Sul contratar um estudo para avaliar o potencial do Estado em hidrogênio verde. Esse estudo apresentou capacidade competitiva e estamos trabalhando para buscar investidores para implementar a cadeia, com foco principal no mercado interno”, afirmou a secretária durante a reunião.

Com relação à transição energética justa, a titular da pasta lembrou que o governo estadual contratou uma consultoria que será responsável pela elaboração de um plano que irá mapear as vocações e as oportunidades do Rio Grande do Sul com foco nas regiões carboníferas.

As energias limpas e a transição energética justa também foram pauta de reunião com a Bloomberg Philanthropies, instituição com foco em soluções para o enfrentamento das mudanças climáticas, saúde pública, educação e outras questões críticas enfrentadas pela América e pelo mundo. Os representantes estaduais estiveram reunidos, ainda, com a Regions4, uma rede global que representa governos subnacionais em negociações e iniciativas internacionais nas áreas de mudanças climáticas, biodiversidade e desenvolvimento sustentável.

Secretária apresentou o Proclima2050 e o Plano Rio Grande em painel

Outro compromisso desta sexta-feira foi um painel promovido pela Regional Climate Foundations, que apoia organizações em diferentes regiões para promover uma rede de colaboração e inovação. Marjorie dividiu o palco com lideranças mundiais em mudanças climáticas da Nigéria, Estados Unidos e Coreia.

Marjorie dividiu o palco com lideranças mundiais em mudanças climáticas da Nigéria, Estados Unidos e Coreia -Foto: Vanessa Trindade/Ascom Sema

Os participantes compartilharam experiências sobre os avanços dos governos locais na implementação de ações climáticas e discutiram as barreiras remanescentes para a sua execução. A secretária levou as ações climáticas inseridas nas estratégias do Proclima2050 e as potencialidades do Rio Grande do Sul em energias limpas e renováveis. Marjorie salientou as boas práticas já implementadas no campo e o olhar aos municípios gaúchos por meio do Roadmap Climático , lançado nessa quinta-feira durante a assembleia geral da Under2 na COP29. O Plano Rio Grande também recebeu destaque na sua fala.

“O Rio Grande do Sul não quer ser conhecido pela tragédia, mas como exemplo de recuperação. Estamos trabalhando fortemente na capacitação dos agentes públicos, por meio do Plano Rio Grande e, dentro dele, temos uma série de ações desenvolvidas por todas as secretarias, conectando a ciência através de um comitê específico para validação das novas estruturas. A reconstrução não será igual aos padrões que tínhamos anteriormente, mas sim adaptada e resiliente para o novo momento climático que vivemos”, pontuou Marjorie.

Texto: Vanessa Trindade/Ascom Sema
Edição: Éder Kurz/Secom