Para permitir que o público virtual tenha a sensação de fazer a visita presencialmente, a equipe filmou em 360 graus cada um dos ambientes e imagens da exposição. Representante da empresa 3603D, Inácio Fonseca explicou que o visitante poderá escolher o caminho a seguir durante a visita virtual e, ao mesmo tempo, interagir com os personagens e as imagens expostas. A dinâmica busca copiar a experiência presencial, em que os visitantes podem acessar, via QR Code, um conteúdo interativo complementar que "dá vida" e permite que as personalidades históricas se movimentem e falem.
— Em termos de interação, a pessoa vai poder, por meio das setas, simular o caminhar no ambiente, aproximar-se das imagens e instalações e dar zoom para ver em detalhes cada canto da exposição — disse.
O chefe do Serviço de Exposição, Curadoria e Comunicação (Seec), da Coordenação do Museu do Senado (Comus), Ricardo Movits, afirmou que a parceria com o Google vai permitir que a mostra seja acessada permanentemente de qualquer parte do planeta.
— Na exposição, não foi possível contar toda a história em detalhes, mas somente uma parte. Porém, pelos vários QR codes disponibilizados ao longo de todo o trajeto, é possível acessar mais informação e ter uma experiência muito mais enriquecedora — afirmou.
Para o assessor da Diretoria-Geral (Dger) e diretor de arte da exposição,Thomás Côrtes, o grande chamariz da mostra é a mistura de tecnologia, inteligência artificial e interatividade para contar a história dos 200 anos do Senado.
— A exposição foi planejada para que as pessoas possam tocar nas peças e obras de arte para terem uma experiência imersiva. Isso foi um grande e gratificante desafio — explicou.
A exposição ficará aberta ao público, no Salão Negro do Congresso Nacional, até o dia 10 de dezembro. O objetivo é contar a história da criação do Senado, em 1824, até os dias atuais. Ambientada em um espaço cenográfico de 200 m2, a mostra é dividida em quatro eixos temáticos: Império, República, Ditadura e Redemocratização. Em cada uma dessas fases, o público terá acesso a obras de arte, mobiliário e documentos da época, vários deles originais. Boa parte do material pertenceu às duas sedes anteriores do Senado, o Palácio Conde dos Arcos e o Palácio Monroe, ambos no Rio de Janeiro.
Ao longo da exposição, figuras políticas importantes de cada época, como dom Pedro I, dom Pedro II, princesa Isabel, Rui Barbosa, Deodoro da Fonseca, Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck, revezam-se para contar a história a história do Senado.