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Secretaria da Agricultura recebe equipamentos para beneficiar cadeia apícola gaúcha

Fruto de um termo de cooperação com o Observatório de Abelhas do Brasil, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (S...

18/06/2024 18h08
Por: Redação Fonte: Secom RS
Foram entregues macacões e luvas antiferroadas, fumegadores, formões e telefones celulares para as equipes de campo -Foto: Divulgação Seapi
Foram entregues macacões e luvas antiferroadas, fumegadores, formões e telefones celulares para as equipes de campo -Foto: Divulgação Seapi

Fruto de um termo de cooperação com o Observatório de Abelhas do Brasil, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) recebeu, recentemente, equipamentos para apoiar ações que buscam diminuir a mortandade de abelhas no Rio Grande do Sul. Foram entregues equipamentos de proteção individual (EPIs), 45 macacões e luvas antiferroadas, 30 fumegadores, formões e telefones celulares para as equipes de campo de todas as regionais.

O Estado foi escolhido para começar o projeto “Observatório de Abelhas do Brasil com foco no Rio Grande do Sul – perspectiva para reduzir as mortandades de abelhas no Estado”, que beneficiará a cadeia apícola. Atualmente, existem 20.619 apicultores gaúchos. Na segunda-feira (17/6), ocorreu uma entrega simbólica na Seapi.

O fiscal estadual agropecuário responsável pelo Programa de Saúde das Abelhas da Divisão de Defesa Sanitária Animal da Seapi, Gustavo Diehl, destacou que a pasta entende a importância da cadeia apícola e vem, há alguns anos, executando ações e investigando a causa de mortalidade de abelhas. “Nessas investigações, verificamos que o mau uso de agrotóxicos contribuiu para a mortandade”, explicou.

“Devido à sua atuação na área, o Rio Grande do Sul foi escolhido para ser o estado pioneiro do projeto. Esses materiais vão contribuir muito para aumentar a eficiência do nosso trabalho nas atividades a campo, além de fornecer segurança para os servidores”, disse Diehl. “Nos sentimos honrados por sermos os primeiros do projeto. Na sequência, haverá treinamento das equipes de campo e ações sanitárias”, completou.

A coordenadora-executiva do Observatório de Abelhas no Brasil, Betina Blochtein, afirmou que os equipamentos vão fomentar ações relacionadas à proteção das abelhas. “Os recursos do projeto são fruto do termo de cooperação celebrado pelo Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Associação A.B.E.L.H.A e 12 empresas privadas do setor agropecuário”, contou.

Conforme Betina, os equipamentos possibilitam o uso das ferramentas que serão utilizadas para cadastrar casos de mortandade de abelhas pelo Sistema Agrotag Abelhas, da Embrapa. “Além disso, os materiais servem para a proteção individual dos agentes em campo, que fazem as ocorrências de mortandades. A ideia é aumentar os registros de ocorrência de mortandade de abelhas e investigar o nexo entre eles e suas causas. Isso passa por um trabalho técnico e exige capacitação, o que está sendo feito pela Seapi, com apoio do Observatório. O objetivo é fortalecer a apicultura e a conservação das abelhas no Rio Grande do Sul”, reforçou Betina.

Sobre o projeto

As abelhas são fundamentais para a manutenção do serviço ecossistêmico de polinização. Entretanto, no Brasil, mortandades de abelhas indicam a necessidade de identificar as causas dos incidentes e reunir essas informações em uma plataforma oficial.

O Programa Observatório de Abelhas do Brasil é coordenado pela Embrapa Meio Ambiente em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Além disso, conta com o apoio da Associação A.B.E.L.H.A. e de agentes públicos e privados. O programa foi concebido como ferramenta para mitigar mortandades de abelhas com suspeita de intoxicação de agrotóxicos.

São objetivos do projeto:

  • desenvolver uma Plataforma Oficial Integradora de Dados sobre mortandades de abelhas, com caráter de observatório nacional, para registrar as ocorrências no espaço geográfico-temporal, e os possíveis agentes causadores, incluindo os agrotóxicos;
  • proporcionar recursos técnicos, treinamentos e materiais aos estados, para o atendimento das ocorrências de mortandades de abelhas e o registro harmonizado das informações na Plataforma Oficial de Dados, em nível nacional;
  • apoiar e implementar ações de capacitação e treinamento em boas práticas agrícolas e apícolas, tanto para agricultores como para apicultores;
  • estabelecer uma rede integrada de laboratórios credenciados, nos governos estaduais e federais, e da rede privada, para detectar resíduos de agrotóxicos associados às mortandades de abelhas;
  • apoiar ações de divulgação voltadas à formalização e ao incremento dos registros de apiários e meliponários junto às Secretarias Estaduais responsáveis.

A implementação do Observatório iniciou em agosto de 2022 e, desde então, diversas ações estão em curso. A coordenação da Embrapa Meio Ambiente contará com o apoio do Grupo de Trabalho (GT) do projeto, com caráter consultivo, que viabilizará trocas de experiências relativas à sua implementação. O GT é formado por representantes da Seapi, Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Câmara Setorial da Apicultura do RS, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Associação A.B.E.L.H.A. e empresas financiadoras.

Estão em execução ações para incentivar o cadastramento dos apicultores/meliponicultores junto aos órgãos ambientais competentes e o registro de incidentes com mortandades de abelhas.

Texto: Darlene Silveira/Ascom Seapi e Observatório de Abelhas do Brasil
Edição: Secom

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