Economia Negócios
Abril Verde e a importância da prevenção de acidentes
Abril Verde é mundialmente conhecido como o mês da conscientização e prevenção de acidentes e doenças do trabalho. Mas por que esse é um mês import...
17/04/2024 12h13
Por: Redação Fonte: Agência Dino

O Abril Verde é o mês da campanha de conscientização sobre a saúde e segurança no trabalho. O objetivo é chamar a atenção para os acidentes e doenças ocupacionais, promovendo um ambiente de trabalho seguro para todos.

Segundo dados do Observatório de Saúde e Segurança do Trabalho, uma notificação de acidente de trabalho é feita a cada 51 segundos. Ainda de acordo com esses dados, 1 óbito é notificado a cada 3 horas para trabalhadores com carteira assinada. Esses números preocupam e, por isso, precisamos ressaltar o assunto e ter um mês dedicado a isso.

A escolha do mês de abril para essa campanha está relacionada a um evento que ocorreu em 28 de abril de 1969, quando uma explosão em uma mina nos Estados Unidos matou 78 mineiros. Esse acidente evidenciou a necessidade de dar uma maior atenção às questões de segurança no trabalho e inspirou a criação de diversas iniciativas em todo o mundo para promover a conscientização sobre o tema.

O papel das empresas no Abril Verde

Durante o Abril Verde, as empresas costumam realizar atividades, palestras, seminários e campanhas educativas, além da distribuição de materiais informativos a fim de sensibilizar os trabalhadores.

Algumas práticas que podem ser realizadas:

Marco Posva, o Head de Relacionamentos e Negócios do SOC - Software de Saúde e Segurança do Trabalho, fala sobre a importância das empresas se adaptarem neste momento: “As empresas e os colaboradores devem estar em sintonia para a prevenção de acidentes. O Abril Verde vai além de uma campanha, ele é importante para fortalecer os nossos compromissos e, juntos, agirmos para termos excelentes resultados, construindo um futuro sólido para um trabalho com segurança e dignidade”.

A conscientização deve se estender para todo o ano

O Abril Verde é um mês para relembrar a importância da saúde e segurança dos trabalhadores. No entanto, a conscientização deve se estender para todo o ano.

“O Brasil detém um nível de acidentes do trabalho elevado. É possível verificar que algumas empresas levam a cultura de segurança do trabalho como algo meramente documental apenas para cumprir a norma, expondo desnecessariamente seus colaboradores aos riscos. E o Abril Verde vem para mostrar que é mais do que isso, vem para que todos estejam na mesma linha a fim de diminuir o índice de acidentes. Eu julgo que esse mês é extremamente importante, pois deve ser uma ação conjunta entre o empregador e o colaborador, com a finalidade de conscientizar-se em não se expor às situações de riscos”, comenta Diego Dalanesi, engenheiro especialista em Saúde e Segurança do Trabalho do SOC.

Além disso, ele ressaltou uma mudança importante em uma das normas reguladoras: “Recentemente, tivemos uma alteração na NR-01, que expõe essa realidade, na qual o próprio funcionário pode se recusar a executar atividades, as quais ele estará exposto a um risco elevado, por exemplo, o trabalho em altura sem o uso de EPIs. Hoje, esses trabalhadores possuem um amparo legal, mais do que o empregador cuidar da saúde dos trabalhadores, são os próprios trabalhadores cuidando de si mesmo”, complementa.

As empresas possuem a missão de educar os trabalhadores sobre a importância de manter um ambiente saudável e seguro, incentivando-os a tomarem atitudes para evitar acidentes. 

Uma boa gestão de saúde e segurança do trabalho é a chave

Diego Dalanesi falou sobre três passos necessários para ter uma boa gestão de SST a fim de garantir a saúde e segurança de todos:

  1. “O primeiro ponto para uma boa gestão de saúde e segurança é uma boa equipe capacitada, que está ali não apenas para cumprir as medidas legislativas, mas sim para realmente vestir a camisa da SST em seu dia a dia, visando efetivamente conscientizar todos e prevenir acidentes e zelar pela saúde do trabalhador.
  2. O segundo ponto é ter um sistema de apoio. Ter esse mapeamento todo sendo feito em papel e planilhas é um grande risco, já que a informação pode se perder. Por isso, é importante ter um software bem-preparado para gerenciar toda essa estrutura e fazer a extração dos dados, principalmente, de relatórios com o objetivo de gerar indicadores para a tomada de decisões, indo nos principais focos de incidentes, ou no caso da ausência de acidentes, nos focos de exposição ao risco que podem vir a se tornar um acidente. Não dá mais para operarmos o mercado de SST com papel.
  3. O terceiro ponto é estar próximo aos trabalhadores que executam as atividades. Não adianta fazer um mapeamento dos riscos ou ter um sistema que gerencie toda essa informação, se a equipe de SST não realizar as iniciativas para a conscientização de quem está na ponta, pois são eles que estão operando e, consequentemente, estão expostos aos riscos. A função desta equipe é educá-los por meio dessas ações para minimizar os perigos no ambiente corporativo”, encerra.

Esse ciclo é extremamente importante para prezar pela segurança e saúde do trabalhador. Com esses três pontos, é possível ter uma gestão efetiva e um retorno positivo a curto, médio e longo prazo.

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