Pela segunda vez consecutiva neste ano, o Copom - Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu reduzir a taxa Selic em 0,5%, passando de 13,25% para 12,75%, atingindo o seu menor nível em 16 meses e indicando que a tendência de queda deve continuar nas próximas reuniões do comitê.
Como a Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo BC – Banco Central para controlar a inflação, ela influencia todas as taxas de juros do país, como as dos juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.
“Portanto em razão da sua segunda queda consecutiva, tomar dinheiro emprestado fica mais barato e isso estimula o consumo. Porém, é importante lembrar que antes de solicitar um crédito, é necessário entender qual é o mais adequado, levando em consideração suas necessidades”, diz Rodrigo Salim, especialista financeiro com mais de 15 anos de experiência em empresas do segmento, graduado em Direito pela Universidade Mackenzie e MBA em Gestão Empresarial pelo INSPER/IBMEC.
Antes de qualquer contratação, é ideal analisar detalhadamente as opções disponíveis, como financiamento, crédito pessoal, empréstimo consignado, consórcio, entre outros, ver suas principais diferenças e só depois decidir.
Principais tipos de crédito disponíveis no mercado
O financiamento é a modalidade de crédito geralmente utilizada para a aquisição de bens de valores altos, como veículos e imóveis. Em razão do valor desses bens, os prazos para pagamento do financiamento costumam ser maiores.
“Uma vantagem dessa modalidade de crédito é que em razão do bem adquirido servir como garantia do financiamento, suas taxas de juros podem ser mais baixas quando comparadas com as do crédito pessoal, por exemplo”, explica Salim.
A forma simples de contratação, na maioria das vezes de forma online, é certamente uma das grandes vantagens do empréstimo pessoal. Diferente do financiamento, ele é mais adequado para situações que envolvem pouco dinheiro com a quitação no curto prazo.
“Em geral o valor é utilizado sem uma finalidade específica e suas taxas de juros tem uma grande variação, dependendo do correspondente bancário e garantias”, analisa Salim.
Considerado um tipo de crédito de baixo risco, o empréstimo consignado possibilita ao correspondente bancário aplicar juros menores que a média de mercado.
“Isso é possível em razão desse crédito ter suas parcelas descontadas diretamente no salário no benefício do INSS. Ele é contratado por funcionários públicos, colaboradores com carteira assinada e aposentados, desde que a parcela não pode exceder 45% da remuneração mensal”, comenta Salim.
Entre todas as possibilidades de crédito disponíveis no mercado, o consórcio segue como uma boa opção de planejamento financeiro para milhões de brasileiros que buscam o parcelamento integral do bem, a diversidade de prazos para pagamentos, o poder de compra à vista, as possibilidades de obter o crédito por meio de sorteios ou acelerar a contemplação por meio de lances, a oportunidade de formar e ampliar patrimônio e a flexibilidade do uso do crédito.
O consórcio ocorre através da reunião de um grupo de pessoas com um objetivo comum e disponibilidade de pagar parcelas acessíveis com taxas mais atrativas por um determinado período. Toda essa operação sempre deve ser realizada por uma administradora que precisa ser autorizada e fiscalizada pelo Banco Central do Brasil.
“Como é possível perceber, o mercado oferece diversas alternativas e tipos de crédito para ajudar a organizar sua vida financeira. Por isso é importante tomar os devidos cuidados ao solicitá-lo, analisando todas as opções disponíveis para ter um equilibrado planejamento financeiro”, finaliza Salim.
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