O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), lançou nesta sexta-feira (15) a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa e apresentou os novos modelos da Criança e da Carteira da Gestante. As três novas versões começaram a ser distribuídas nas unidades de saúde dos 399 municípios e devem ser preenchidas pelos profissionais durante o atendimento.
O lançamento aconteceu durante o evento “Paraná que Cuida – Criança, Gestante e Pessoa Idosa”, no município de Cascavel, região Oeste do Paraná.Estiveram reunidos gestores e profissionais de saúde dos municípios, diretores e técnicos das regionais e representantes dos Consórcios Intermunicipais de Saúde da macrorregião Oeste. Outros três encontros devem ocorrer ainda neste mês (Maringá, Londrina e Piraquara) para orientação e abordagem das diretrizes destes novos documentos, abrangendo todas as macrorregiões do Estado.
Uma importante ferramenta para o registro de informações, acompanhamento e desenvolvimento da saúde, os novos documentos estão atualizados, com mais orientações para as famílias e novos espaços para ajudar no diagnóstico de condições de saúde, especialmente das crianças.
Os materiais foram elaborados pelas equipes de especialistas da Sesa para os devidos registros, não somente nas questões de saúde, mas também relacionadas às políticas sociais, voltadas à assistência social e educação.
“Reafirmamos o nosso compromisso de cuidar da população paranaense em todos os ciclos de vida. Sob a orientação do governador Ratinho Junior, reforçamos as iniciativas e ações voltadas à Atenção Primária à Saúde, em conjunto com os municípios do Paraná. Este é um poderoso documento que deve estar sempre presente e atualizado,” ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
ATENÇÃO AO IDOSO– Um dos grandes diferenciais da Caderneta da Pessoa Idosa é o Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional (IVCF-20), um compilado de informações do paciente que possibilita avaliação detalhada para a identificação do idoso frágil, além de facilitar o entendimento entre as pessoas com mais de 60 anos e os cuidadores, familiares ou diferentes profissionais da rede.
Os principais objetivos da caderneta são aumentar o controle sobre doenças e agravos e reduzir as incapacidades e dependências do idoso, com avaliação funcional e psicossocial. São 37 páginas para o registro das atividades de vida diária, do uso de medicamentos, das hospitalizações, quedas, do cuidado com a saúde bucal, além das demais informações detalhadas da convivência social e familiar.
De acordo com a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti Lopes, o documento deve ser apresentado em qualquer atendimento de saúde, seja em casa, na Unidade Básica de Saúde (UBS), nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), ambulatório ou hospital. “Nossas equipes da Atenção Primária não mediram esforços para que as inovações atendessem às necessidades não só dos profissionais de saúde, mas também resultassem em mais segurança e cuidado aos usuários e familiares,” disse.
CADERNETA DA CRIANÇA– A nova versão da Caderneta da Criança contempla uma grande inovação, já que passou a incluir a escala M-CHAT-R/F, instrumento que auxilia na identificação de sinais de risco para Transtorno do Espectro Autista (TEA) entre crianças de 16 a 30 meses. O
material conta ainda com informações para pais e cuidadores de crianças com deficiência e orientações para o convívio social e de aprendizado. Com duas versões (menino e menina), a caderneta disponibiliza mais espaços para os apontamentos, uma nova identidade visual e orientações que proporcionam um acompanhamento integral desde o nascimento até aos 9 anos de idade.
O cálculo para a distribuição do quantitativo aos municípios é baseado no número de crianças nascidas, tanto em hospitais públicos como nos privados. “Toda a criança tem o direito de receber gratuitamente a caderneta, que contém os registros mais significativos para o acompanhamento do desenvolvimento infantil e é uma das mais importantes estratégias para a redução da mortalidade infantil”, disse Maria Goretti.
GESTAÇÃO– A Carteira da Gestante traz agora uma proposta inovadora de avaliação a ser preenchida pelo profissional de saúde na consulta puerperal: a saúde mental materna. Essa mudança é um marco na avaliação da equipe de saúde, ampliando ainda mais o cuidado com a mulher durante a gestação. Além disso, a nova versão apresenta diferenciais ligados à construção do plano de parto. Reconhecida como principal instrumento do cuidado compartilhado nos três níveis da Atenção, a carteira comunica diretamente com as premissas da Linha de Cuidado Materno Infantil.