A Escola Estadual de Tempo Integral (Eeti) Brandão de Amorim, do município de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus), conquistou a “Medalha de Cristal”, na 15ª edição da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), realizada na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A Olimpíada contou com 1,1 mil estudantes do Ensino Fundamental, dos 8º e 9º anos, e do Ensino Médio de todo o Brasil. Os medalhistas foram anunciados em uma cerimônia de premiação que contou com a presença de autoridades, familiares, historiadores de relevância nacional, além de um show.
A equipe intitulada “Barreirinhas da Amazônia”, de Parintins, formada pelos estudantes Keice Teixeira, Sheila Maria Viana e Malcon Valente, orientados pelo professor Janderson Brito, foi uma das 340 equipes finalistas das mais de 30 mil inscritas na competição. Esta foi a primeira vez que a escola participou da competição.
A estudante Keice Teixeira se emocionou ao conseguir chegar ao final da competição, representando o município dela.
“A experiência de ter chegado à final dessa olimpíada é uma das melhores e vou levar para toda a minha vida. Poder representar o meu estado, a minha cidade e a minha escola é incrível. Espero que as equipes de Parintins que vierem depois da nossa possam sentir a mesma emoção que estou vivenciando neste momento”, contou.
Olimpíada Científica
Diferente das outras competições, a ONHB possui um formato diferenciado, onde as equipes formadas por um professor de História e três estudantes, não precisam aprender o conteúdo da prova antes de participar da olimpíada e sim enquanto participam dela.
Contando com seis etapas on-line, de uma semana de duração, realizadas durante os meses de maio e junho, foram fornecidos livros didáticos, para que os alunos pudessem discutir temas que nem sempre são abordados em sala de aula, além de conteúdos interdisciplinares como arqueologia, patrimônio cultural, urbanismo, atualidades, entre outros.
A coordenadora da ONHB e professora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp, Cristina Meneguello, explicou que a olimpíada buscou estimular o interesse dos estudantes pela História do País, além de incentivar o trabalho em equipe.
“Não é necessário que os participantes tivessem estudado o conteúdo previamente para participar da Olimpíada, pois é oferecido um amplo material de apoio como textos, imagens e mapas, que embasam a decisão das equipes na hora de enviar as respostas. Esse modelo assemelha-se ao trabalho realizado por historiadores”, explicou.