Após pouco mais de um mês de trabalho, a CPI da Covid manterá o foco no Ministério da Saúde mas passará a investigar governadores a partir da semana que vem. O nova rodada de depoimento começara na terça-feira (8), com o ministro da da Saúde Marcelo Queiroga, reconvocado à CPI depois de um primeiro depoimento considerado insatisfatório pela cúpula da CPI
Ele deve ser questionado pelos senadores sobre o motivo de desistir da nomeação da médica Luana Araújo como secretária extraordinária na pasta, a posição oficial do ministério sobre a cloroquina como tratamento precoce contra a covid e os repetidos episódios de aglomeração causadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido)
Na quarta-feira (9), será questionado o ex-secretário executivo da Saúde, Elcio Franco, o número 2 de Pazuello durante a gestão do militar no ministério. Franco foi convocado para dar explicações sobre o motivo da demora da pasta em responder ofertas e fechar acordos pela compra das vacinas contra covid-19 da Pfizer e do Intstituto Butantan
Um dia depois, na quinta-feira (10), o governador do Amazonas, Wilson Lima, tem depoimento marcado. A convocação dele, porém, ainda depende de julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) após ação coletiva de governadores. A CPI, que tem como um dos objetos de investigação o colapso do sistema de Saúde em Manaus, questionará Lima sobre as ações do governo estadual antes da tragédia
A semana será fechada com debate entre dois médicos na sexta-feira (11): o sanitarista Cláudio Maierovitch e a microbiologista e pesquisadora da USP (Universidade de São Paulo), Nathalia Pasternak
No dia 15, o secretário da Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, prestará depoimento aos senadores. Como Campêlo está preso, os senadores ainda terão que determinar como será feita a oitiva do secretário. Assim como o governador Lima, ele também foi alvo da Operação Sangria, da Polícia Federal, que investiga suposta contratação fraudulenta para favorecer um grupo de empresários locais para construir um hospital de campanha. Lima nega as irregularidades
Em seguida, virá no dia 16 o governador deposto do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que sofreu impeachment por crime de responsabilidade durante a pandemia na contratação de empresas para gerir hospitais de campanha. Como o político não tem mandato, Witzel não poderá deixar de ir à CPI, já que o comparecimento de testemunhas é obrigatório
O empresário Carlos Wizard fala aos senadores na quinta-feira (17), para esclarecer a existência do "gabinete paralelo" no Ministério da Saúde, tese de membros oposicionistas ou independentes da CPI para explicar a falta de autonomia dos chefes da pasta. Este grupo seria o responsável pela defesa da cloroquina, medicamento sem eficácia contra a covid-19, e a tese de imunidade de rebanho como solução à pandemia
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