O armazenamento de medicamentos, insumos e outros produtos farmacêuticos ocorre no Centro de Distribuição (CD) da Sesa, em Maracanaú, na região metropolitana de Fortaleza
Medicamentos, agulhas, seringas… Você sabe como esses materiais chegam às unidades de saúde? Setor estratégico para a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), a Coordenadoria de Logística de Recursos Biomédicos (Colob), da Secretaria Executiva Administrativa-Financeira (Seafi), é a responsável por administrar toda a cadeia que organiza o abastecimento da assistência farmacêutica no Estado.
Essa coordenadoria atua de forma a gerenciar a rotina de recebimento, armazenamento, separação e distribuição de medicamentos, insumos e outros itens, tanto às unidades hospitalares e aos centros de especialidades médicas, como aos demais equipamentos ligados à Sesa nos 184 municípios cearenses. “Nossa principal competência é gerir a cadeia logística de nível central, garantindo a sua qualidade, desde o recebimento e armazenamento até a distribuição e entrega à população”, explica a coordenadora da Colob, Mariana Maia.
O armazenamento desses produtos ocorre no Centro de Distribuição (CD), em Maracanaú, na região metropolitana de Fortaleza. O local possui uma capacidade para 4.500 pontos de pallets de carga seca e refrigerada. Ao todo, são cerca de 80 mil volumes movimentados por mês, de 1.600 tipos diferentes de produtos no estoque.
O Centro de Distribuição possui uma capacidade para 4.500 pontos de pallets de carga seca e refrigerada
De acordo com a coordenadora da Colob, toda a logística é realizada de forma personalizada, para garantir a conservação e a qualidade dos produtos, assim como a celeridade desses processos de entrega. “Cada unidade emite o pedido e, após análise técnica, do estoque e da necessidade da unidade, o item é separado pelo operador logístico e encaminhado ao destino final”, diz.
Com relação ao percurso desses medicamentos e insumos até o consumidor final, Mariana Maia esclarece que é realizado um controle rigoroso. “O nosso controle está baseado no sistema WMS, que garante alta precisão durante a movimentação do nosso estoque. Dessa forma, todas as não-conformidades e queixas técnicas por desvio de qualidade ou fabricação estão gerenciadas pelo nosso operador logístico nesse sistema”, destaca.
De acordo com a coordenadora da Colob, Mariana Maia, toda a logística é realizada de forma personalizada, para garantir a conservação e a qualidade dos produtos, assim como a celeridade desses processos de entrega
Mariana Maia também explica que cada programa de distribuição farmacêutica tem uma periodicidade diferente, a depender do tipo de produto. “Temos distribuições semanais, quinzenais, mensais e trimestrais. O transporte é realizado todo no modal terrestre, com a responsabilidade de três entes diferentes, que são a logística terceirizada, que abastece as unidades e hospitais da rede Sesa, a estadual, na qual o próprio Estado faz a gestão do transporte mensal para o envio de medicamentos às áreas descentralizadas de Saúde e, posteriormente, aos municípios. Também temos o atendimento da manutenção pactual integrada, na qual os municípios são responsáveis por enviar o transporte e a coleta de medicamentos ao nosso Centro de Distribuição”, pontua.
A metodologia para essa distribuição, segundo a titular da Colog, varia de acordo com o programa da assistência farmacêutica que está atrelado a esse atendimento.
Nos próximos dias 25 e 26 de agosto, profissionais farmacêuticos que atuam na padronização dos processos de logística, envolvendo a qualificação dos fornecedores, garantia da qualidade e distribuição de medicamentos, participam de uma capacitação na área. A ideia é garantir a segurança dos macroprocessos.
A “Capacitação em Boas Práticas de Distribuição, Armazenamento e Transporte conforme as normas da RDC 430/2020 e RDC 653/2022 (ANVISA)” será a última formação com esse tema, que já ocorreu nas demais regiões de Saúde. O evento é promovido pela Sesa, por meio da Coordenadoria de Políticas de Assistência Farmacêutica e Tecnologias em Saúde (Copaf), em conjunto com os Conselhos Regional e Federal de Farmácia.
Segundo a titular da Copaf da Sesa, Fernanda França, o curso foi pensado de forma prioritária devido à importância da logística para a gestão do Estado e dos municípios. “Nosso foco foram as normas atualizadas e também padronizar os processos de logística, envolvendo a qualificação dos fornecedores, garantia da qualidade e distribuição de medicamentos. Para isso, fizemos intensa articulação com o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems/CE) para a definição das datas e locais das seis oficinas, que ocorreram de forma descentralizada. Nesta sexta, concluímos na Região do Cariri e já pensaremos em outras temáticas para fortalecimento da assistência farmacêutica no SUS”, explica.