Essa foi a primeira visita técnica da equipe da Central de Transplantes de Sergipe para conhecer o trabalho sobre os transplantes em outros estados
A Secretaria da Saúde do Ceará recebeu, entre os dias nove e 11 de agosto, uma visita técnica da Central de Transplantes de Sergipe. Na ocasião, o grupo conheceu o trabalho de órgãos envolvidos na rede dos transplantes do Estado, como a Perícia Forense do Ceará (Pefoce), o Banco de Olhos do Ceará (BOC), o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e o IJF. Na comissão vinda de Sergipe, estavam o coordenador da Central de Transplantes, Benito Oliveira Fernandez, a coordenadora da Organização de Procura de Órgãos (OPO), Darcyana Costa Lisboa e a gerente do Banco de Olhos, Andrea Karla Lemos de Souza.
O Ceará é referência nacional em transplantes de órgãos e tecidos, ocupando o primeiro lugar no Norte e Nordeste, segundo o ranking do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT). De acordo com a titular da coordenadoria da Central de Transplantes do Ceará (Cetra), Eliana Régia, até o dia dez de agosto, já foram realizados 971 transplantes. Em 2022, o Ceará realizou 1.675 procedimentos.
Para o coordenador da Central de Transplantes de Sergipe, Benito Oliveira Fernandez, a visita foi um momento de troca e muito aprendizado. “A Central de Transplantes do Ceará possui expertise no processo de doação e transplantes de excelência e nossa vinda foi exatamente para aprendermos essas técnicas. Ao implantar esse conhecimento em Sergipe, esperamos um aumento do número de doadores e, consequentemente, no número dos transplantes”, disse.
Essa foi a primeira visita técnica da equipe para conhecer o trabalho sobre os transplantes em outros Estados. De acordo com Benito Fernandez, é importante compartilhar a experiência bem sucedida do Ceará, para que outras unidades da federação possam aprender mais e, dessa forma, também atingir bons índices. “Trabalhos exitosos, como o da equipe da Central de Transplantes do Ceará, precisam ser compartilhados para que outros Estados atinjam melhores resultados. Os profissionais envolvidos nos processos de doação e de transplantes no Ceará nos mostraram que a melhoria do acolhimento familiar, a humanização e a atenção para a família contribuem para o aumento das doações. Nossa ideia é levar alguns profissionais daqui para treinar a nossa equipe”, destacou.
O grupo de Sergipe conheceu o trabalho de órgãos envolvidos na rede dos transplantes do Estado, como a Perícia Forense do Ceará (Pefoce), o Banco de Olhos do Ceará (BOC), o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e o IJF
Entre os principais aprendizados que ficaram de exemplo para serem implantados posteriormente em Sergipe, o coordenador Benito Fernandez, destaca a implantação de um posto de transplantes no Banco de Olhos já na Perícia Forense. “Percebemos que o engajamento dos profissionais da perícia técnica é de suma importância para zerar a fila de córnea no Estado”, ressaltou.
A coordenadora da Central de Transplantes do Ceará (Cetra), Eliana Régia, destacou a importância dessa troca de experiências entre os Estados. “Esses momentos são de extrema relevância, porque mesmo com os desafios para aprimorar o Sistema Estadual de Doação e Transplante já acumulamos grandes conquistas. Inclusive, a Central de Transplantes do Ceará já recebeu anteriormente visitas dos Estados de Pernambuco, Maranhão e Pará”, disse.