O Programa Sangue Total, pioneiro e inovador no país, completa um ano de atuação em Santa Catarina. O Estado é o único a implementar esse método no atendimento aeromédico a pacientes graves no local do resgate ou durante o transporte à unidade. Através da aeronave Arcanjo, já foram atendidas 22 ocorrências em pacientes que efetivamente receberam transfusão sanguínea, sendo que 18 pacientes graves atendidos sobreviveram.
A parceria entre o SAMU Aeromédico de Santa Catarina, o Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) e o Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (HEMOSC) viabiliza esse programa, que tem como objetivo principal aumentar as chances de sobrevida de pacientes graves no atendimento.
A coordenadora médica do SAMU aeromédico de Santa Catarina, Daise Muller, ressalta que o projeto era um desejo antigo, considerando o perfil das vítimas atendidas pelo serviço. “O nosso serviço lida com muitos pacientes em situação de sangramento, perda sanguínea grave e grande volume, e atualmente temos bem estabelecido nos protocolos mundiais de atendimento pré-hospitalar que a reposição de sangue total é fundamental para pacientes que perderam uma grande quantidade de sangue”, explica.
Para garantir a operacionalização do serviço, o HEMOSC fornece 2 bolsas de sangue total – uma do tipo O positivo com baixo título de hemolisina e outra do tipo O negativo, de acordo com a disponibilidade do estoque. Essas bolsas são armazenadas na sede do BOA e transportadas em uma caixa térmica especial durante o atendimento, assegurando a conservação adequada do sangue.
O programa já obteve resultados significativos e, agora, tem como objetivo expandir sua área de atuação. Daise explica que há planos para ampliar o programa tanto para a outra base do Arcanjo em Blumenau, quanto para as ambulâncias do SAMU terrestre, alcançando um número maior de pacientes em diferentes áreas do Estado.