O governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde (Sesacre) participou nesta quarta-feira, 21, da 6ª Assembleia Ordinária do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), em Brasília. O aumento das infecções respiratórias pediátricas, principalmente na Região Norte, foi um dos principais temas em discussão. Com isso, cerca de R$ 9 milhões em recursos serão destinados ao Acre.
Em fala, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (MS), Ethel Maciel, explicou que as ações de multivacinação por microplanejamento são a nova estratégia do Programa Nacional de Imunização (PNI) para reduzir os casos, e já foram iniciadas no Acre e no Amazonas. O Amapá será o próximo estado alvo da estratégia.
“Nosso foco, neste momento, é reduzir a gravidade. É difícil reduzirmos a transmissão nesse período em que o vírus está circulando de forma bastante acelerada. É fundamental que continuemos reforçando a questão da vacina. Apesar da decretação do fim da pandemia de covid-19, continuamos com a circulação do vírus e este ainda é a principal causa de óbito no Brasil, em todas as idades”, explicou.
O secretário de Saúde do Acre, Pedro Pascoal, comemorou o apoio e a liberação de recursos para o enfrentamento das síndromes respiratórias no estado. “Na oportunidade, pactuamos a portaria ministerial que subsidia, em caráter excepcional e temporário, o incentivo financeiro de custeio para atendimento pediátrico em síndrome respiratória aguda grave [SRAG]”, disse.
Divulgado na última sexta-feira, 16, o novo Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) trouxe uma atualização do cenário epidemiológico na maioria das regiões do país, que mostra queda SRAG nas tendências de longo prazo.
No entanto, o Acre, juntamente com outros sete estados, continua apresentando sinal de crescimento. De acordo com o relatório, o aumento recente está associado justamente às crianças.
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de: influenza A (19,4%), influenza B (6,8%), vírus sincicial respiratório (39,5%), e sars-cov-2/covid-19 (24%).