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Escolarização de bebês requer ambiente seguro e qualificado
Pedagoga da Escola de Educação Infantil Universo esclarece como as crianças absorvem o aprendizado escolar nos primeiros meses de vida e quais estí...
19/06/2023 12h25
Por: Redação Fonte: Agência Dino
Escola Universo

Em uma pesquisa realizada em março deste ano pela Infojobs, plataforma de oportunidades profissionais e busca de talentos, 89,7% das mulheres entrevistadas afirmaram fazer dupla jornada, ou seja, conciliar a carreira profissional e o cuidado com os filhos ou as atividades domésticas. Destas, 48,7% disseram não ter a ajuda de uma rede de apoio ou de parceiros.

De acordo com a pesquisa, portanto, são poucas as mães que, nos dias de hoje, podem se dedicar integralmente ao cuidado dos filhos. Ao retomar as ocupações profissionais após o período de licença-maternidade ou para poder dar conta das muitas tarefas cotidianas, elas precisam deixar seus filhos pequenos em creches ou escolas. Nesse contexto, são comuns as dúvidas e inquietações em relação à escolarização precoce, à segurança e a adaptação de bebês ao ambiente escolar.

A etapa da educação infantil não obrigatória voltada a crianças de 4 meses a 2 anos de idade é chamada de berçário. Nesse período inicial da infância, as crianças são completamente dependentes de adultos e exigem cuidados especiais. 

Para Inauri Fátima de Lima, pedagoga da Escola de Educação Infantil Universo, é imprescindível, no berçário, a presença de profissionais qualificados e experientes na área da educação infantil para orientar e acompanhar o desenvolvimento dos bebês, garantindo, assim, um ambiente seguro e educativo.

Segundo a pedagoga, a escolarização de bebês deve ocorrer por meio de atividades interativas que buscam estimular habilidades cognitivas, motoras, sociais e emocionais. “Essas atividades devem ser adaptadas às necessidades individuais de cada criança e realizadas de maneira acolhedora, proporcionando exploração e descobertas”, salienta.

A especialista reforça que os professores devem estimular a comunicação, o desenvolvimento motor, a percepção sensorial (o reconhecimento dos cinco sentidos) e a socialização das crianças dessa faixa etária por meio de atividades lúdicas, como cantar canções de ninar, brincar com objetos coloridos e texturizados, entre outras. “Os bebês absorvem e assimilam os estímulos oferecidos por meio da observação e da repetição de comportamentos e ações que os educadores demonstram.”

Lima defende a importância da interação entre professores e pais para a evolução das crianças nesse primeiro período escolar. Ela orienta que os pais se envolvam no processo de aprendizagem, realizando atividades em casa com os bebês e mantendo uma comunicação estreita com os professores de modo a acompanhar os avanços e o progresso de seus filhos.

“Além disso, os professores devem fornecer feedback regular aos pais e trabalhar em conjunto com eles para criar um espaço escolar seguro e estimulante que contribua ativamente para o amadurecimento cognitivo, motor, intelectual, sensorial e operacional das crianças”, conclui a pedagoga.

De acordo com o Censo Escolar 2022, realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC), as matrículas em creche, que recuaram no período de 2019 a 2021, cresceram em 2022: em comparação ao ano anterior, o aumento foi de 8,9% na rede pública e de 29,9% na rede privada, ultrapassando o número observado no período pré-pandemia em ambas as redes. 

A pesquisa revelou, ainda, que as matrículas na pré-escola também aumentaram – entre 2019 e 2021, houve uma redução de 25,6% nas escolas privadas, mas a elevação de 20% nessa rede, no último ano, levou a um crescimento de 3,9% do total de matriculados na etapa. 

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