O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), participou durante toda esta terça-feira, 6, do Seminário de Fortalecimento da Atenção Primária em Saúde – 2023, em Rio Branco. Promovido pelo Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Acre (Cosems-AC), o evento reuniu membros dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário nas discussões e debates sobre a temática.
A importância dos processos de planejamento, o fortalecimento da atenção primária, com ênfase nas especificidades locais, o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e a alocação de recursos foram os principais assuntos discutidos no seminário.
“Apesar das particularidades do nosso estado, o governador Gladson Cameli, frisa que, para a população, não deve haver limite geográfico, pois o paciente pertence a todos os entes federativos. Nós temos 22 municípios que têm a sua média e alta complexidade resolvida apenas na capital, e nós queremos mudar essa realidade. Ainda assim, não conseguiremos fazer uma Alta Complexidade de qualidade, se não tivermos uma Atenção Básica bem estruturada”, declarou o secretário de Saúde, Pedro Pascoal.
De acordo com o presidente do Consems-AC, Vitor Martineli, o momento é propício para reunir gestores e trabalhadores com o objetivo de levantar as principais demandas de cada município. “Nós devemos enfrentar as dificuldades e construir juntos políticas públicas para que possamos melhorar o nosso SUS e intensificar, cada vez mais, o processo de regionalização”, disse.
Representantes do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e do Ministério da Saúde (MS) estiveram presentes no evento, reafirmando o compromisso dos órgãos nacionais com a gestão da Saúde nos municípios acreanos.
Para o diretor financeiro do Conasems, Hisham Hamida, os municípios têm um papel crucial para o fortalecimento da Atenção Básica. “Representamos os 5.570 municípios brasileiros e sempre com a preocupação de observar as diferenças de cada região. Esse é o nosso desafio de fazer gestão, de trabalhar a universalidade e a equidade”, falou.
“Existe um SUS com um endereço muito particular em cada Brasil que existe, e nós precisamos dedicar muita atenção a ele, pois existem soluções em conjunto que são importantes e que dão escala. No entanto, se não existe a mobilização local nada acontece e nada se customiza e, por isso, precisamos sempre colocar o interesse coletivo em nossas decisões e debates”, completou o secretário de Atenção Primária à Saúde do MS, Nésio Fernandes.